Nome Original: Weapon X #10; Mystique #7; Wolverine/ Captain America #1
Editora/Ano: Panini, 2004 (Marvel, 2003)
Preço/ Páginas: R$4,90/ 76 páginas
Gênero: Ação/ Super-Herói
Roteiro: Frank Tieri; Brian K. Vaughan; R. A. Jones
Arte: Georges Jeanty; Michael Ryan; Tom Derenick
Sinopse: Arma X: o interrogatório de distopia e Ceifador Mutante revela os planos do Arma X ao Submundo. Nada, no entanto, pode preparar o grupo para a surpresa que o aguarda. E o Agente Jackson dá uma nova perspectiva ao relacionamento do Diretor com a mutante Aurora… Mística: Raven tem de rastrear uma arma biológica, e sua lealdade é posta à prova. E ainda – a estréia de Wolverine e Capitão América.
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O mix “Arma X” continua firme e forte trazendo a série principal focada no Programa e com Cable e alguns ex-X-Force como coadjuvantes. A série da Mística reforça a temática ação-descomprometida da revista. Infelizmente, a série da Emma Frost só teve seu primeiro arco publicado até agora e entrará num hiato, voltando apenas em “Wolverine #4”, a revista que substituiu “Arma X”. Estava sendo uma das coisas mais interessantes dos mutantes nessa época. Já sua substituta, a mini-série Wolverine & Capitão América não traz nada além de clichês dos super-heróis.
Arma X: apesar da série ser bem forçada em vários aspectos, é engraçado que ela mesmo parece reconhecer isso e tira a palavra da nossa boca em alguns momentos. Começando pelo relacionamento do Diretor (agora com o rosto “re-feito”, e que odeia mutantes a nível de jogá-los em campos de concentração) com a mutante Aurora (ex-integrante da Tropa Alfa e que possui dupla personalidade). Não há lógica nesse namoro e já imaginei que ela estivesse com algum plano, mas agora não sei. Finalmente o Agente Jackson começou a brincar com o Diretor e seu casinho mutante que deu um treco nele, num final inesperado. Outro ponto estranho é a Medula (que nunca foi uma super heroína mas era uma x-man, sobreviveu ao Massacre de Mutantes) ajudando tal equipe. Mesmo assim, Arma X está interessante e rápido de ler. Frank Tieri acertou a mão dessa vez, ao contrário do que vinha fazendo na série do Wolverine. Há uma sequência com o Cable muito boa, onde ele sonda a mente de Ceifador e Distopia (imagem acima).
Mística: a cena inicial não poderia ser mais cinematográfica, numa missão da Raven na Coreia do Norte. Depois de um arco interessante por mostrar o quanto ela é poderosa e versátil, nesse novo ela precisa encontrar e eliminar um novo vírus mutante para o Professor Xavier. Porém, seu novo contratante Shepard deseja que ela guarde um pouco do vírus para ele. Assim, Mística inicia seu novo “freela” de agente dupla. Ainda é uma ação descompromissada, mas ela é Diva e minha personagem preferida, mesmo bancando a Pantera e Xavier/ Forge fazendo o Charles com direito a novos acessórios e tais. Os desenhos de Michael Ryan (Cable) são bons, bem contornados e deu um ar menos cartoon à Raven.
Wolverine/ Capitão América: entrando no lugar da Emma Frost, inicia essa mini em 4 partes protagonizada pelos personagens título. Fera e Forge descobrem um “chip mutante” com poderes ilimitados, porém desconhecidos, que se caírem em mãos erradas (advinha) pode acabar com o mundo. Ele é roubado por um grupo de mercenários liderados pela misteriosa Êxtase e agora Wolverine, Capitão América e Warbird vão atrás dele. É a história padrão de super-heróis, sem nenhuma novidade nesse primeiro contato. A não ser que Logan todo baleado, à beira da morte seja novo para o leitor. O roteiro é de R. A. Jones (King of Hell) com os desenhos de Tom Derenick (Trindade), ambos já trabalharam juntos em Protectors.
Na edição seguinte temos a continuidade de todas as séries, veremos se haverá melhorias com Wolvie/ Capitas e como Aurora ficou, depois do Diretor se descontrolar.
Fil Felix é autor, ilustrador e psicanalista. A Central dos Sonhos é seu universo particular, por onde aborda questões como memórias, desejos e infância. Fã de HQs, escreve seus comentários sobre quadrinhos desde 2011, totalizando mais de 600 reviews. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou os livros infantis Zumi Barreshti (2021, Palco das Letras) e Meu Avô Que Me Ensinou (Ases da Literatura), entre outras publicações.