Nome Original: X-Treme X-Men #26 e #27; Exiles #26 e #27
Editora/Ano: Panini, 2004 (Marvel, 2003)
Preço/ Páginas: R$6,50/ 100 páginas
Gênero: Ação/ Super-Herói
Roteiro: Chris Claremont; Chuck Austen
Arte: Igor Kordey; Clayton Henry
Sinopse: X-Treme Men: Tempestade e seus companheiros lutam não apenas para escapar dos homens de William Stryker, mas pra descobrir que nova ameaça seu velho inimigo trama contra a raça mutante. Mal sabem eles que Stryker já fez sua primeira vítima… Kitty Pryde! Exilados: a primeira missão de Illyana pode se mostrar a mais difícil de todas – destruir os Vingadores… incluindo uma versão de seu irmão.
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Continuando o arco “Deus Ama, o Homem Mata 2”, os Extreme X-Men estão mais perdidos que qualquer coisa, cheio de tramas paralelas. Já os Exilados enfrentam mais uma versão dos Vingadores num arco completo nessa edição. Infelizmente, os X-Táticos estão ausentes pra dar espaço pra dobradinho de Mímico e cia.
X-Treme X-Men: a primeira parte mostra como William Stryker capturou Kitty Pryde para usar seu poder de intangibilidade e, surpresa, tentar dominar a raça mutante. Também explica como Lady Letal se tornou sua parceira, financiando seus projetos (o qual não engoli muito bem). A Yuriko tá bem moderninha, diga-se de passagem (ficando mais próximo do visual do filme X-2 e deixando de lado seu uniforme de Samurai). Em meio ao desenrolar, algo controla a mente de Letal que a faz atacar todo mundo, só resta Stryker fugir com a Lince Negra.
Na segunda parte temos o núcleo da Tempestade, que ficou descontrolada (também) e Kitty chegando numa cidade mutante escondida, comandada por uma espécie de padre. Apesar da confusão toda, há alguns pontos interessantes como as lembranças de Kitty (apesar que vemos isso à cada lamentação dela), o fato de Claremont não esquecer algumas coisas (tipo Ororo com as pernas fracas) e informações importantes como o estado natural da Kitty é o da intangibilidade, precisando se concentrar para ficar tangível. Eu imaginava que era o contrário, então fui pesquisar. Segundo o Armada Mutuna, Kitty se tornou um “fantasma” na saga Massacre de Mutantes, precisando se concentrar para ficar tangível. Obs: ela não percebeu que está com um colar de metal no pescoço?
Exilados: arco completo nessa edição, mostrando a primeira missão de Illyana nos Exilados. Relembrando os acontecimentos até agora: Blink foi liberada do grupo e voltou à sua realidade, sendo substituída pela Magia, Mímico se torna o nova líder, mas cada vez mais depressivo. A missão é simples: impedir que os Vingadores (agora uma equipe de heróis de aluguel) salvem um país do tirano Moses Magnum e, se possível, matá-los. A equipe se desentende, já que coloca a ética e moral em jogo, não é fácil ver vítimas inocentes. Mas Magia é revoltada e fará de tudo pra voltar pra casa, indo de encontro aos Vingadores – mas se surpreende ao ver Colossus, seu irmão. O desenhista mudou, mas a arte continua bonita e prática, uma mudança perceptível é o cabelo de Nocturna, que está grande.
Algo interessante que preciso comentar é que o nível de violência aumentou bastante (no geral, as séries X ficaram mais “adultas” nessa época). Com a ausência de X-Táticos, a revista ficou mais condensada e permitiu fechar um arco de Exilados. Porém a série faz falta, considero as histórias do Milligan o ponto alto da revista. Infelizmente, X-Treme recicla algumas ideias, cria milhares de outras mas não empolga. Exilados continua com bastante ação, mas também não trouxe nenhuma novidade.
Fil Felix é ilustrador e escritor. Criador dos conceitos e personagens do universo da Central dos Sonhos. Fã de HQs, gosta de escrever reviews desde 2011, totalizando mais de 600 delas em 2023. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a Coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou seu primeiro livro infantil em 2021: Zumi Barreshti, da editora Palco das Letras.