Nome Original: X-Men #139; Uncanny X-Men #421; Wolverine #185; X-Men Unlimited #44
Editora/Ano: Panini, 2004 (Marvel, 2003)
Preço/ Páginas: R$6,50/ 100 páginas
Gênero: Ação/ Super-Herói
Roteiro: Grant Morrison; Chuck Austen; Frank Tieri
Arte: Phil Jimenez; Ron Garney; Sean Chen; Romano Molenaar
Sinopse: Novos X-Men: Jean Grey resolve tirar a limpo o “caso psíquico” de seu marido Ciclope com Emma Frost! Fabulosos -Men: o despertar de Alex Summers! Wolverine: Freddo Pazzo resolveu chantagear Logan, e pode ver sua carreira de chefão criminoso ser encerrada… prematuramente.
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Depois de passar mais de um mês longe dos X-Men, volto minha leitura à cronologia e me deparo com outra história sensacional dos Novos X-Men. Infelizmente não posso dizer o mesmo de Fabulosos X-Men, que desandou com a volta da Polaris. Wolverine fecha o arco com a Máfia e uma boa história de X-Men Unlimited estrelada pelo garoto Sammy.
Novos X-Men: no final da última edição vimos que Jean Grey não está nada contente com a “traição psíquica” de seu marido com a Emma e chega no Instituto pegando os dois no flagra. O desenrolar do confronto é incrível. Ela entra na mente da Rainha Branca e faz uma tour em suas lembranças, desde a época em que morava com os pais até chegar no Clube do Inferno e passando por outras memórias mais dolorosas, como quando seus ex-alunos morreram. Emma acaba sofrendo bastante com essa reviravolta dentro de sua cabeça. Curioso que tudo isso se passa no outro plano, enquanto os demais x-men tentam separar as duas sem conseguir. Destaque para a cena em que Emma se torna diamante e rompe com o elo mental. Ultimamente ela vem sendo bastante mal-interpretada ^^, ela sequer ataca, só tenta se defender. O final é chocante e promete mais reviravoltas na próxima edição!
Fabulosos X-Men: de primeira, vale comentar que Kia Asamiya deixa a arte da série por enquanto (graças a Deux) e Ron Garney passa a desenhar. Não melhorou muito, mas não aguentava ver os traços “mangásticos” do Kia. O problema é, como dizem na sessão de cartas, o novelão que Chuck Austen vem criando. Alex Summers, o Destrutor, acaba de acordar de um coma, lembra de tudo que a enfermeira dizia pra ele (fica aquele clima que ele sente algo por ela), mas chega uma Polaris louca pedindo ele em casamento (que aceita). Tudo muito estranho, bem mexicano. Dois pontos que merecem destaque é Cain querer entrar para a equipe e algumas falas forçadas, como Homem de Gelo dizendo “ninfetinha”. Hein?
Wolverine: termina o que vem se estendendo há edições. Quase não há diálogos, sendo bastante rápido e violento. Tirando as referências ao Poderoso Chefão, esse arco poderia ser mais interessante mas ficou se arrastando e cheio de clichês “Logan”. Nada de muito extraordinário acontece, tirando o fato do Freddo se ferrar.
X-Men Unlimited: com roteiro de Austen e arte de Romano Molenaar (Aves de Rapina #0, muito bonita), se passa na cronologia de Fabulosos X-Men. Sammy, o garoto Anfíbio, se diverte com Cain numa lagoa e lamenta a morte de alguns peixinhos que foram pisados. O Fanático critica, falando que só são peixes e o menino fica bastante sentido e com raiva (já que ele é quase um peixe). Sammy resolve falar com o Professor e Jean, para descobrirem quem “assassinou” os peixes mas não é ouvido. Daí se desenrola uma bela história sobre direitos animais, tortura e até sobre vegetarianismo (do qual sou adepto). Há algumas cenas fortes (como quando Jean entra na mente de uma cachorra morta e repete seu pensamento momentos antes de morrer). Não é nada espetacular, mas muito bem contado e se sobressai na revista.
Novamente, Novos X-Men vêm sustentando a revista. Grant Morrison consegue unir o drama com a ação, sem desapontar o leitor. Já Wolverine não deslancha e Fabulosos virou uma novelona bem estranha, principalmente com essa mudança da Polaris. X-Men Unlimited foi uma surpresa que veio bem a calhar.
Fil Felix é autor, ilustrador e psicanalista. A Central dos Sonhos é seu universo particular, por onde aborda questões como memórias, desejos e infância. Fã de HQs, escreve seus comentários sobre quadrinhos desde 2011, totalizando mais de 600 reviews. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou os livros infantis Zumi Barreshti (2021, Palco das Letras) e Meu Avô Que Me Ensinou (Ases da Literatura), entre outras publicações.