Fil Felix é autor, ilustrador e psicanalista. A Central dos Sonhos é seu universo particular, por onde aborda questões como memórias, desejos e infância. Fã de HQs, escreve seus comentários sobre quadrinhos desde 2011, totalizando mais de 600 reviews. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou os livros infantis Zumi Barreshti (2021, Palco das Letras) e Meu Avô Que Me Ensinou (Ases da Literatura), entre outras publicações.
[Review] Dark #7 !
Nome Original: Justice League Dark #7; Animal Man #7; Ressurrection Man #7; I, Vampire #7; Swamp Thing #7
Editora/Ano: Panini, 2013 (DC, 2012)
Preço/ Páginas: R$9,99/ 108 páginas
Gênero: Suspense/ Ação/ Alternativo
Roteiro: Peter Milligan; Jeff Lemire; Dan Abnett e Andy Lanning; Joshua Hale Fialkov; Scott Snyder
Arte: Daniel Sampere & Admira Wijaya; Andrea Sorrentino; Fernando Dagnino; Steve Pugh & Travel Foreman; Yanick Paquette
Sinopse: Liga da Justiça Dark: Madame Xanadu comanda a Liga para tentar deter a Ascensão dos Vampiros. Eu, o Vampiro: Andrew Bennett não está mais entre nós. E a Terra tornou-se um lugar muito mais perigoso sem o poderoso vampiro por aqui! Ressurreição: Mitch acaba de escapar do Asilo Arkham, mas sua vida não fica nem um pouco mais fácil por isso. E ainda: Homem-Animal e Monstro do Pântano.
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Liga da Justiça Dark e Eu, o Vampiro estão interligados pela vinda de Cain, o Mal Primordial, decidido a tornar os vampiros a raça dominadora da Terra. O Homem-Animal continua andando pelo país com sua família e Alec Holland resolve se transformar no Monstro do Pântano. Ressurreição enfrenta seu passado.
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Liga da Justiça Dark: Xanadu reuniu seu grupo de místicos e afins para chegar à Gotham e encontrar Batman e o pessoal de Eu, o Vampiro enfrentando Cain. Com a retomada dos vampiros, os poderes do grupo estão diminuindo e Xanadu resolve meditar e ir ao plano astral tentar resgatar Andrew Bennet. Como de costume, é muita coisa acontecendo e você fica perdido, muito mistério pra não chegar à lugar algum. E de onde Constantine tirou um machado e uma mochila sendo que estava sem nada antes?
Eu, o Vampiro: continuando de onde a Liga Dark terminou, mostra Cain saindo do chão e liderando o exército de vampiros, dando mais força à eles e deixando Mary, a antiga líder deles, bem nervosa. Batman, Tig e o velho percebem que não tem chances contra a horda de criaturas e acabam fugindo, mas uma Mary enlouquecida surge para deter o inimigo. Arte fantástica e bem rápida, essa reviravolta de Mary ficou muito bom, também.
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Ressurreição: outra série que enrola e não chega à lugar algum. Todo esse drama em torno do passado de Mitch e sua imortalidade já deram. Nessa edição, após fugir do Arkham, ele está sossegado num apartamento até que policiais chegam detonando tudo em busca de um traficante que, coincidentemente, utiliza um dos trajes que ele criou no passado, tornando o inimigo inatingível. Depois da luta o que acontece? Mitch vai atrás de seu passado…
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Homem-Animal: depois de um início animal, a série veio perdendo força mas continua firme e forte. A edição anterior mostrou um “spin-off” da própria série e agora volta ao foco novamente, mas nem tanto. Buddy e família estão viajando, fugindo da Podridão, dando umas paradas para abastecer e ele continua tendo pesadelos. Como está ligado ao Monstro do Pântano, fica a impressão de que a série está indo “aos poucos” para, então, deixar as duas no mesmo patamar. A arte continua boa e algo no clima de Homem-Animal me lembra filmes como “O Ataque dos Vermes Malditos”.
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Monstro do Pântano: história sensacional! Alec é atacado pela Podridão e acaba sendo salvo pelo Parlamento das Árvores, que cria um casulo em sua volta. No Verde, ele discute com os Totens, que o trouxe até lá para morrer devagar e ver a extinção do lugar. Enquanto isso, a noiva dele está sendo levada num casulo monstro para se tornar a avatar da Podridão. Alec resolve, então, se tornar o Monstro do Pântano uma vez mais para tentar salvá-la. Narração frenética, ótima arte e a expectativa em torno da transformação de Abigail está de tirar o fôlego. Sem contar a rivalidade entre Verde x Vermelho x Podridão.
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Mais uma edição com altos e baixos de Dark. A ligação entre Liga Dark com Eu, o Vampiro + Homem-Animal com Monstro do Pântano deixa o mix dinâmico, porém prejudica o já prejudicado Ressurreição que, junto da Liga, floreiam muito. Não botava fé nos vampiros, mas estou curtindo.