Batman & Robin: depois de sequencias sensacionais nas últimas edições, Batman deu uma coça em Ninguém para defender o filho, mas Robin acaba matando o vilão e indo contra tudo àquilo que o morcego prega. Agora, resta à Alfred tentar manter a dupla em paz para se recuperarem. Essa edição é bem tranquila, mostrando as consequências da morte de Ninguém e o remorso de Robin, além do convívio familiar melhorar. Os três desejam ter um dia normal, brincando com o cão Tito e longe de vilões… mas em Gotham isso é praticamente impossível….
Batwing: conclusão da perseguição à Massacre, revelando sua identidade e surpreendendo o leitor, além de tirar toda a concentração de Batwing. Asa Noturna e Robin continuam ajudando na missão e é legal ver todo mundo junto. Boa edição, mas não houve tempo suficiente pra ter simpatia ao Reino e sentir algo com o seu fim.
Batgirl: Bárbara está nervosa e sai batendo nos caras da edição anterior e, por um momento, pensamos que ela realmente voltou à ativa. Porém, ao contrario da sinopse da Panini, essa foi uma das piores histórias da série. Primeiro porque um desses capangas de Grotesco é o mesmo que ajudou Coringa em “A Piada Mortal”, mas ela o deixa fugir sem nenhuma explicação! Ela também resolve visitar a mãe, que acaba contando o motivo de ter abandonando a família… e que desculpa medonha! O irmão dela, James, ameaçou o “convívio” familiar quando criança e a mãe acabou fugindo…. hein? História cheia de desculpas.
Mulher-Gato: Selina tem um novo parceiro, o elétrico e gatão Fagulha. Os dois estão roubando tudo e a todos (o que é mostrado várias vezes). Mulher-Gato, com parceiro? Sério? Óbvio que isso não vai pra frente, sem contar que o vilão que sequestra prostitutas não vai pra frente nem pra trás. A “dupla” resolve roubar umas adagas raras, mas uma delas está nas mãos do Pinguim… o único destaque dessa edição.
Capuz Vermelho & os Foragidos: Suzie Su, a versão feminina do Blob, acorda furiosa de um coma após levar uma surra do Capuz e, para se vingar, interdita um prédio e coloca várias crianças como reféns. O trio chega para salvar o dia, com direito a Estelar incinerando os inimigos e Capuz dando tiro na cabeça deles. Também tem uma ligação à Corte das Corujas, já que Alfred tá ligando pra todos os membros da Bat-família solicitando ajuda.
Asa Noturna: aqui fica mais evidente a ligação com a Corte das Corujas, mostrando a origem deste grupo numa Gotham de 1910. Alfred também entra em contato com Asa para pedir auxílio. Boa edição, com belas sequências de luta… porém me confundi um pouco, já que não acompanho este arco das Corujas na série do Batman.
Batwoman: o esquema de várias histórias paralelas continua, sendo praticamente a mesma coisa da edição anterior, o que dá a impressão de que a série não caminhou muito e, por que não, ficou mais confusa também. A série da Batwoman é conhecida pelas extravagâncias no visual, sempre experimental e bonito, mas a história deu uma freada. A cena que ela consegue novos equipamentos parece As Panteras, com destaque para todas as criaturas curiosas que surgem no decorrer da missão.
A Sombra do Batman #8 está bem mediana, com exceção de Batman & Robin que é sempre competente. Batgirl e Mulher-Gato parecem perdidas em suas próprias séries, além da Batwoman não evoluir muito. Batwing, Asa Noturna e Capuz Vermelho parecem ter encontrado sua zona de conforto.
Fil Felix é autor, ilustrador e psicanalista. A Central dos Sonhos é seu universo particular, por onde aborda questões como memórias, desejos e infância. Fã de HQs, escreve seus comentários sobre quadrinhos desde 2011, totalizando mais de 600 reviews. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou os livros infantis Zumi Barreshti (2021, Palco das Letras) e Meu Avô Que Me Ensinou (Ases da Literatura), entre outras publicações.