Arma X: o Diretor constrói um campo de concentração para mutantes denominado Terra do Nunca. A história é narrada pelo ponto de vista do jovem Billy Taylor, cuja família (seus pais e sua irmã, todos mutantes) são capturados e enviados para lá. Larval e Cecília Reyes também foram presos e fazem uma participação especial. Uma edição triste e que usa de um forte apelo nos X-Men, que é a morte coletiva de mutantes com direito à câmara de gás e tudo. Interessante comentar que não há balões em toda a história (tudo é narrado por recordatórios de Billy) e esta é a última edição com o Larval, mutante há um tempo sumido.
Emma Frost: depois de desmaiar na frente de todos, Emma volta à escola e descobre que consegue ler mentes. Suas notas não são as melhores e acaba utilizando de seus poderes para responder uma prova. A turma desconfia de sua nota máxima e começa a investigar. Edição sem muitos floreios, mas legal de ler, Emma sofre um bocado com a família e colegas de sala. Acredito que todos esperam que ela se vingue de cada um deles e saia com o professor ^^
Mística: depois de uma primeira edição morna, Raven volta ao posto de minha mutante preferida. Os agentes do Governo invadem seu apartamento com ordens de prende-la ou matá-la, se necessário. Apesar de utilizar de suas artimanhas (se transformar numa criança ou num dos agentes, por exemplo) ela sofre danos e acaba capturada. O Professor X e Forge encontram um meio de localizá-la e partem em sua busca. O humor ácido e o deboche de Mística são os destaques da edição, assim como a extensão de seus poderes, mas alguns clichês deixaram a desejar (o famoso “fulano me deve um favor”, por exemplo).
Boa edição de Arma X, com o título principal voltando às origens dos X-Men e apresentando um campo de concentração mutante, um tema forte e que vem bem a calhar. O resgate de personagens feito por Frank Tiery também é válido. Emma Frost ainda está morna, principalmente se esperarmos algo mais “Emma Frost” de ser ^^. Mística está boa e o principal trunfo da série, além explorar sua personalidade complexa, é mostrar até onde vai seus poderes.
Fil Felix é autor, ilustrador e psicanalista. A Central dos Sonhos é seu universo particular, por onde aborda questões como memórias, desejos e infância. Fã de HQs, escreve seus comentários sobre quadrinhos desde 2011, totalizando mais de 600 reviews. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou os livros infantis Zumi Barreshti (2021, Palco das Letras) e Meu Avô Que Me Ensinou (Ases da Literatura), entre outras publicações.