Novos X-Men: a morte de um estilista mutante (Jumbo Encarnado) por um grupo de humanos mobiliza Ciclope e Fera à cena do crime para investigar. Isso aquece as discussões no Instituto sobre mutantes VS humanos. Quentie Quire, um dos melhores alunos, é contra o pensamento “pacifista” do Professor e começa a levantar algumas questões interessantes com outros alunos. Serve como um prólogo para o próximo arco: “Rebelião no Instituto Xavier”, com o retorno de Frank Quitely nos desenhos. Apesar desta história não trazer nenhum momento “WOW”, é bem desenvolvida e a arte de Keron Grant é boa. Destaque para a participação das Irmãs Stepford, pupilas da Emma Frost.
Fabulosos X-Men: a equipe precisa investigar um incidente causado por um menino que “explode”. Por ser uma situação delicada, Charles pede que Estrela Polar os ajude e aproveita para convidá-lo a lecionar na Escola. Jean-Paul recusa de início, mas acaba aceitando a missão. É uma história triste, sem “final feliz” e que funciona para trazer Estrela Polar de volta aos X-Men. Ele é um personagem delicado e complexo, o fato de ser homossexual sempre é comentado em qualquer gibi que apareça e fica meio batido, mas funcionou legal aqui. Jean é bem rude e inflexível, vai ser interessante sua presença.
Wolverine: a primeira história é continuação direta da edição anterior. Logan tenta resgatar seu amigo padre e é pego por ninjas da Igreja (?). É uma confusão só ao estilo “Image” de ser, não empolgando. Já a segunda história é mais legal: O Shaman o chama para combater um demônio que invadiu o QG da Tropa Alfa e possuiu o corpo do Pigmeu, Sasquatch e Pássaro da Neve. Apesar do roteiro já batido, o desenvolvimento é muito bom. Principal destaque para os desenhos de Ethan Van Sciver, excelentes: abusando dos “quadrados” pequenos e páginas duplas, além de uma boa caracterização dos insetos gigantes.
Nada de muito relevante na sessão de cartas dessa edição. Novos X-Men e Fabulosos preparam terreno para a edição seguinte, prometendo uma renovada no Instituto e na briga humanos VS mutantes. A primeira história do Wolverine é irrelevante, mas a segunda é melhorzinha.
Fil Felix é autor, ilustrador e psicanalista. A Central dos Sonhos é seu universo particular, por onde aborda questões como memórias, desejos e infância. Fã de HQs, escreve seus comentários sobre quadrinhos desde 2011, totalizando mais de 600 reviews. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou os livros infantis Zumi Barreshti (2021, Palco das Letras) e Meu Avô Que Me Ensinou (Ases da Literatura), entre outras publicações.