Batman & Robin: ahhhh! Conclusão sensacional dessa busca do Bruce ao Ninguém para salvar o Robin! Morgan tortura Damian (que já tá todo quebrado) e o Batman fica insano quando chega no lugar. Luta frenética, os dois lados apanham e sofrem baixas, além dos famosos ideais do morcego sendo postos à prova de fogo. Destaque para a cena que Bruce tenta jogar Ninguém no ácido e ao final, quando Robin dá a “tacada final”. A série é o melhor do mix, sem dúvidas.
Batwing: David mobiliza todos os “morcegos” (Asa Noturna, Robin, Batgirl, Batman) para solucionar o caso do Massacre e tentar salvar o restante dos membros do Reino. Uma história boa, é legal ver todo mundo trabalhando junto, mas esse arco com o Massacre está se estendendo muito. O destaque fica para o “segredo” do Reino (que não peguei muito bem) e para os membros do próprio grupo, que ficaram bem interessantes. Os desenhos são de Dustin Nguyen (Batgirl), que explorou bem os poderes distintos da super-equipe.
Batgirl: a história começa com um truque que a Gail Simone costuma usar sempre: mostra a Batgirl sendo afogada pelo vilão Grotesco e só depois ela volta no tempo e apresenta a origem do encontro. Ele é um novo assassino em Gotham, utilizando uma dessas máscaras orientais e que possui alguma ligação com o Coringa (aparentemente), o que faz Bárbara lembrar do tiro que levou dele. Destaque para as cenas de treinamento dela com a Canário. Um ponto interessante na série da Batgirl é que ela é uma das poucas que parece “sofrer” de verdade, que apanha, que pode perder etc.
Mulher-Gato: Selina está trabalhando com uma nova informante (Gwen) e roubando alguns carrões para um negociante misterioso. O detetive Alvarez continua tentando prende-la e arma uma armadilha que, infelizmente, a Mulher-Gato acaba caindo (de novo). Os desenhos são da Adriana Melo (Ms. Marvel), bem bonitos, só que não cobre alguns problemas que ficam evidentes na série. Parece que a Mulher-Gato ficou mais “burra”, pra não dizer outra coisa. Dentre as Sereias de Gotham, espera-se que a Arlequina seja mais afobada e caia em algumas armadilhas óbvias, a Selina não! Se fosse uma joia, beleza, mas ainda pra carro? Destaque para as prostitutas que fazem uma pontinha e o elogio da gata para um rapaz: “que bela bunda!”, sendo que ele está com a cueca enfiada…
Capuz Vermelho & os Foragidos: o grupo larga Crux no Arkham, rouba sua nave e partem em busca de alguma coisa. A Essência invade a nave, conta a origem dos Inomináveis e cai na porrada com o pessoal. A arte continua o grande destaque, mas alguns errinhos na história e o clima “sossegado” de que não vai chegar a lugar nenhum começou a ficar chato. A vilã não é atingida por armas humanas e Capuz pega alguma arma da nave para feri-la…. mas Kori também não é alienígena? Ficou estranho.
Asa Noturna: Raya e Saiko ateiam fogo químico no Circo Haley e Asa Noturna pensa numa maneira de apagá-lo. Explosões, correria, pânico, telão caindo…. Edição com bastante “emoção”. Saiko explica tudo para Dick e, num primeiro momento, não entendemos bem os motivos mas no final fica bem claro. Raya acaba se arrependendo de seu plano e acaba ajudando as pessoas a saírem. Tudo termina com Asa Noturna indo visitar Batman e, depois de umas porradas, explicar a ligação com a Corte das Corujas (arco da série solo do Bat).
Batwoman: uma edição diferente da série. É mostrado vários “momentos” de alguns personagens, como um panorama geral do elenco. Temos o convívio de Kate com Meggie; Meggie sofrendo pressão das vítimas da Chorona; a “origem” da Chorona; Labareda no hospital; Batwoman como a nova agente do DOE; e por aí vai. Dessa vez J. H. Williams III não assina os desenhos, deixando para Amy Reeder Hadley (Madame Xanadu) que possui traços mais simples mas que também abusa de páginas duplas e grandes quadros.
Batman & Robin arrebentou geral nessa edição, de longe a série mais empolgante do mix. Batwoman também continua interessante, agora com o início de um novo arco. Mas o restante da revista está mediano, com alguns altos e baixos. Mulher-Gato e Capuz Vermelho desapontaram.

Fil Felix é autor, ilustrador e psicanalista. A Central dos Sonhos é seu universo particular, por onde aborda questões como memórias, desejos e infância. Fã de HQs, escreve seus comentários sobre quadrinhos desde 2011, totalizando mais de 600 reviews. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou os livros infantis Zumi Barreshti (2021, Palco das Letras) e Meu Avô Que Me Ensinou (Ases da Literatura), entre outras publicações.