Homem-Animal dá uma pausa na história para apresentar um filme protagonizado por Buddy Baker. A Liga da Justiça Dark se prepara para encontrar os vampiros de Eu, o Vampiro. Ressurreição tenta fugir do Asilo Arkham e o Monstro do Pântano descobre que Abby está mais envolvida com a Podridão do que ele imaginava.
Homem-Animal: a história não avança muito em relação à edição anterior. O autor dá uma pausa para apresentar um divertido filme onde Buddy vive um ex-super-herói divorciado que enfrenta problemas com o álcool e a família. Os desenhos deste “conto” são de John Paul Leon (Terra X), excelentes. Apesar de divertir, me senti numa história da Casa dos Mistérios, preferia que continuasse a perseguição.
Liga da Justiça Dark: Constantine, Desafiador, Shade e Zatanna estão tendo pesadelos após a batalha com a Feiticeira e resolvem procurar pela Madame Xanadu, que explica todo o ocorrido. É a velha história para unir o grupo, só que desta vez Xanadu explica o óbvio e fica a impressão de que o autor deu uma corrida para unir o pessoal logo. A ausência de Distorção Mental faz com que a conclusão do arco anterior perca sua credibilidade, afinal de contas foi com a ajuda dele que a equipe venceu a bruxa. O final revela um crossover com Eu, o Vampiro.
Ressurreição: Mitch está no Asilo Arkham (como foi parar lá e o sumiço das Dublês ainda não saquei) e, depois de várias tentativas de se suicidar, é deixado na ala onde estão super-criminosos como Duas-Caras e afins. O Sumô arma uma rebelião no lugar e Mitch finalmente consegue morrer para ganhar um novo poder. A história é rápida e interessante pelo Asilo e pela parte dele se suicidar e não conseguir, o que poderia ser melhor explorado numa edição seguinte. Agora, o que aconteceu com o pessoal do céu e inferno que queriam sua alma?
Eu, o Vampiro: Andrew, Tig, Batman e o velho estão enfrentando uma horda de vampiros “recém-transformados” e Mary, a Rainha, também surge para apimentar a história. Descobrimos que quando se mata um vampiro, todos aqueles que ele transformou voltam ao “normal”. E Tig saca que foi Andrew quem transformou Mary, então só há um jeito de acabar com tudo isso! Um desdobramento bastante inusitado, sem contar que abre espaço para o futuro crossover com a Liga Dark e a vinda de Caim, considerado um dos ancestrais vampirescos. Só não saquei a idéia de vampiros/ lobisomens.
Monstro do Pântano: Abby, a “esposa” de Alec, é pega pela Podridão e começa a se transformar numa criatura bizarra. William, até então o avatar da Podridão, explica sobre essa mudança e de sua própria origem. O Parlamento das Árvores está sendo atacado e Alec resolve, finalmente, se entregar ao Verde e se transformar no Monstro do Pântano…. só que dá um pouco errado. A arte continua muito boa, principalmente com os detalhes na divisão de quadros (sempre ornamentados), destaque para a cena final com a serra elétrica!
Dark sempre se destaca por Homem-Animal e Monstro do Pântano que, além de ótimas, ainda são interligadas. Porém nessa edição Homem-Animal deu uma freada que, apesar de não ser ruim, preferia que tivesse continuada a história principal. Liga Dark entrega a união padrão de anti-heróis, Eu, o Vampiro está interessante e Ressurreição encontra uma brecha legal, mas logo acaba.
Fil Felix é autor, ilustrador e psicanalista. A Central dos Sonhos é seu universo particular, por onde aborda questões como memórias, desejos e infância. Fã de HQs, escreve seus comentários sobre quadrinhos desde 2011, totalizando mais de 600 reviews. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou os livros infantis Zumi Barreshti (2021, Palco das Letras) e Meu Avô Que Me Ensinou (Ases da Literatura), entre outras publicações.