Batman & Robin: continua firme e forte a melhor série do mix. Ducard conseguiu levar Damian para o “outro lado” e o coloca num teste de fogo: ele será capaz de matar um criminoso? Enquanto isso o Batman segue as pistas dos dois e relembra um pouco mais de seu passado com o vilão. Numa cena, vemos que Bruce quase matou Ducard na pancada, por isso a rivalidade entre eles. No final, quando ele vê que seu filho corre perigo, o morcego fica furioso no ápice da edição, com aquele gosto de quero mais. Esse Robin se mostra o mais interessante dentro os outros 2 ex-Robins presentes no mix (Asa Noturna e Capuz Vermelho). Louco pra ver o embate Bruce/ Ducard.
Batwing: David continua na sola do Massacre, que está ameaçando outro integrante do Reino. Apesar de trazer nada de muito interessante, a história vale por mostrar a origem do herói e seu primeiro encontro com o Batman, além de revelar a identidade secreta do vilão (que fica bem óbvio cenas antes da “revelação”). Não entendi a cena da página acima, Batwing também faz parte dos Transformers?
Batgirl: Bárbara consegue vencer Bruce Wayne, que está “hipnotizado” por Maria. A origem da vilã é revelada: ela queria ser uma “Louis Lane” de Gotham mas acabou se dando mal quando mexeu com o cara errado. Depois de quase morrer com um tiro na cabeça, adquiri o dom de hipnotizar homens. Na realidade ela é louca de pedra, além de careca. Uma vilã bem mais simpática que o insosso Espelho do arco anterior. O modo com que a Batgirl descobriu os fatos me lembrou sua fase como a “hacker” Oráculo, pré-reboot. A série melhorou, espero que Gail Simone não cague e consiga mantê-la boa.
Mulher-Gato: Selina foi presa pelos policiais corruptos, que agora querem a maleta de dinheiro de volta. Eles não localizam nenhum info dela (cortesia do Batman), e coloca a vilã Alcance pra tirar algumas verdades de sua boca (na base da porrada). Engraçado como a Mulher-Gato anda apanhando que nem vaca veia, quebrando costelas e afins, mas sempre dá a volta por cima e escapa. Depois ainda tem fôlego de discutir com o Batman. O destaque fica para as cenas sangrentas (como o momento em que Selina-Tyson arranca a orelha da oponente).
Capuz Vermelho e os Foragidos: voltando no tempo, Lobdell mostra como Capuz conheceu Kori. Depois de quase morrer numa explosão, ele é salvo pela alienígena e abrigado em sua nave. Apesar do excelente traço de Rocafort, fica a impressão de desculpa pra mais sex appeal dos personagens… pelo menos dessa vez temos Jason andando sem roupa pra lá e pra cá. Só não entendi a parte em que Koriander se refere ao Asa Noturna: ela já teve um caso com ele, porém não se lembra mais… E os Novos Titãs?
Asa Noturna: a série começou interessante, bem narrada e estruturada… mas foi declinando. A edição anterior mostrou Asa lutando contra um monstro num cemitério, totalmente desnecessária para o arco. Agora a história volta ao normal e o Circo pretende realizar uma apresentação surpresa onde irão homenagear os pais de Dick, um ambiente perfeito para Saiko atacar. Tudo muito bonito, mas que não empolga. O personagem não me cativa.
Batwoman: há quem discorde, mas considero Batwoman o melhor do mix (atrás de Batman & Robin). Kate encontra um jeito de eliminar a “Chorona” numa cena bastante interessante, onde ela faz diversas associações. Em seguida, a detetive e o homem-caveira fazem uma proposta a ela (eles descobriram o esconderijo através da Labareda, que está presa e gravemente ferida). O Batman, como sempre, brota numa sala e conversa com a moça. Algumas cenas estão incríveis, como a virada de página com a visão da Batwoman/ Maria e a sequencia acima. Com o fim deste arco, espero que o autor foque no lado pessoal da personagem.
A Sombra do Batman reúne séries interessantes relacionadas ao Morcego, com destaque para Batman & Robin pela história empolgante e cada vez melhor; e por Batwoman, com arte linda (apesar de criticada por alguns) e roteiro bastante consistente. Em seguida, cabe ao gosto de cada um. Particularmente, gosto da Batgirl e Mulher-Gato, já Capuz, Asa e Batwing não empolgam tanto.
Fil Felix é autor, ilustrador e psicanalista. A Central dos Sonhos é seu universo particular, por onde aborda questões como memórias, desejos e infância. Fã de HQs, escreve seus comentários sobre quadrinhos desde 2011, totalizando mais de 600 reviews. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou os livros infantis Zumi Barreshti (2021, Palco das Letras) e Meu Avô Que Me Ensinou (Ases da Literatura), entre outras publicações.