[Review] Ex Machina Vol. 2 – Símbolo !

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Nome Original: Ex Machina #6 à #10
Editora/Ano: Panini, 2011 (WildStorm, 2005)
Preço/ Páginas: R$17,90/ 132 páginas
Gênero: Ação/ Alternativo
Roteiro: Brian K. Vaughan
Arte: Tony Harris
Sinopse: Mitchell Hundred, super-herói aposentado e atual prefeito de Nova York, terá de tomar uma das decisões mais controversas da sua curta, porém já muito polêmica, carreira como prefeito. E enquanto a repercussão de seu ato ainda está a todo vapor, um terror sobrenatural ataca o metrô sob Manhattan! Qual a conexão de seu passado super-heroico com esse mistério sob a terra?
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Brian K. Vaughan (Y – O Último Homem) misturou o universo da política com o de super-herói no primeiro volume de Ex-Machina, mostrando a velha história de um homem comum que ganha super-poderes ao entrar em contato com um objeto aparentemente alienígena. O diferencial estava no ambiente, uma Nova York bastante realista, e no futuro do protagonista que, ao adotar o nome de Grande Máquina, se torna o primeiro super-herói do mundo e percebe que as coisas não são tão fáceis como nos quadrinhos do Superman. Querendo continuar a ajudar a população, larga a fantasia e é eleito prefeito da cidade.

Ex-Machina-Vol.-2-S-C3-ADmbolo-p-C3-A1gina-1Neste segundo volume Vaughan surpreende por tratar de um tema incomum, principalmente com a série ainda no início: o sempre polêmico casamento homossexual. Vale comentar que a narrativa segue a mesma estrutura do primeiro volume: Mitchell enfrenta dois casos, um político e outro “misterioso”, além dos flashbacks como a Grande Máquina.

Na parte política, Mitchell Hundred se depara com uma situação inusitada: é convidado para realizar a cerimônia de casamento de Toddy Wylie, irmão do vice-prefeito, com o seu namorado Bill Dunst. Não há lei que permita o casamento de pessoas do mesmo sexo, mas também nada que o proíba explicitamente, e é nesse ponto que Hundred deseja burlar e realizar o evento. A decisão é polêmica, já que infringe questões morais de determinadas religiões e pode colocar a própria sexualidade dele em risco, já que é solteiro e as pessoas costumar julgar àqueles que defendem a “causa gay”.

Ex-Machina-Vol.-2-S-C3-ADmbolo-p-C3-A1gina-2O interessante está no modo com que o protagonista lida com a situação, chegando a combinar um encontro com a jornalista Suzanne Padilla para ninguém ter dúvidas quanto à sua vida amorosa. Mas será que Mitchell Hundred esconde algo? Outro ponto são os noivos: um é bombeiro e o outro político; cujas classes sociais facilitam o processo. Apesar desta sub-trama não terminar num “mundo perfeito”, mostra que o autor consegue lidar com temas menos comuns às HQs de heróis, falhando apenas em mostrar um lado da história (de Mitch) e não dos demais envolvidos (como no volume anterior).

Já no caso “misterioso”, ele precisa investigar alguns assassinatos envolvendo um estranho símbolo, sempre pichado na cena do crime. Acontece que este mesmo símbolo estava presente no equipamento que explodiu e lhe deu poderes. Em flashback, vemos que ele teria dado um fragmento deste equipamento (com o símbolo grafado) ao agente Jackson Georges de um grupo de inteligência dos EUA, para que fosse investigado. Agora, um ano depois, o próprio Georges se torna suspeito dos assassinatos envolvendo a marca. Destaque para a cena da morte no metrô, uma das melhores deste volume que está bem sangrento.

Ex-Machina-Vol.-2-S-C3-ADmbolo-p-C3-A1gina-3Os diálogos carregados de referências políticas continuam e é um dos pontos alto de Vaughan; o glossário no final da edição auxilia no bom entendimento da história. Os desenhos de Tony Harris e cores de J. D. Mettler deixaram a arte cinematográfica e reluzente, uma característica marcante em Ex Machina. Porém fica a impressão de que os dois temas tratados poderiam ser melhor aprofundados, como o “símbolo”. O que é, afinal? A introdução é assinada pelos irmãos Wachowski (Matrix), comentando que queriam trabalhar numa ideia parecida (política/ super-herói) e de como se espantaram em descobrir a presente obra. Ao final estão reproduzidos alguns esboços de Harris.

nota 8,0 ;

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