Esquadrão Suicida: Arlequina soube que Coringa morreu e causa uma confusão na prisão Belle Reeve para que possa fugir sem chamar atenção. Seu destino: o Asilo Arkham. Amanda Waller fica furiosa e manda o Esquadrão procurar a moça, custe o que custar. O destaque fica para as lembranças de Harleen, do seu primeiro contato com o Sr. C e como se apaixonou loucamente por ele ou ficou insanamente apaixonada… enfim. É uma passagem importante para a cronologia dos Novos 52, mostrando que pouca coisa mudou em sua origem. Vale comentar que o paradeiro do Coringa permanece um mistério, sendo dito apenas que sua pele foi arrancada e guardada na polícia de Gotham. O “exercito da Arlequina”, um bando de homens usando seu tradicional uniforme para protegê-la, também ficou legal. Os desenhos agora são de Clayton Henry (Exilados), bem “clean”, mantendo a típica violência (Tubarão-Rei cortando um cara ao meio…).
Aves de Rapina: as meninas descobrem que os Faxineiros, agentes do misterioso vilão Asfixia são, na realidade, pessoas comuns sendo controladas mentalmente. Aos poucos elas vão encontrando esse pessoal e tentam reverter o processo com o médico-amigo da equipe. Brendan, um deles, é usado como isca para chegar à Asfixia… e finalmente a ação pode acontecer. Aves de Rapina é bastante inconstante, com cenas e personagens interessantes como Hera Venenosa cheia de tentáculos, mas que são desperdiçados com uma história bastante sem graça. Perto do final elas “brotam” na cena (?) preparadas pro combate. Espera-se mais de Hera e Canário juntas, bem mais… Os desenhos passam a ser de Javier Pina (Manhunter)
As duas séries tiveram alguns furos de roteiro nessa edição. Esquadrão, por exemplo, não explicou os acontecimentos da última edição nem o paradeiro de membros como o Diablo. A equipe também recebeu três novos membros: Savant, antigo personagem das Aves de Rapina originais; e as irmãs Holo e Fote, novas vilãs surgidas na série do Arqueiro Verde. Já em Aves de Rapina, no que deu a trama das realidades paralelas, clones, sei lá? Fecha a edição uma matéria sobre a Hera Venenosa;
Fil Felix é autor, ilustrador e psicanalista. A Central dos Sonhos é seu universo particular, por onde aborda questões como memórias, desejos e infância. Fã de HQs, escreve seus comentários sobre quadrinhos desde 2011, totalizando mais de 600 reviews. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou os livros infantis Zumi Barreshti (2021, Palco das Letras) e Meu Avô Que Me Ensinou (Ases da Literatura), entre outras publicações.