Novos X-Men: Professor X e Jean vão à Genosha verificar estranhos acontecimentos. Sabra, Mercúrio, Pássaro Trovejante e Tempestade já estão no local e, juntos, investigam o surgimento de “fantasmas magnéticos”. Polaris é encontrada desorientada, causando esses fenômenos, pois ela “gravou” os últimos momentos de cada habitante da nação antes de ser destruída pelos sentinelas de Cassandra Nova. A grande sacada (ou não) é a memória de Magneto, que ecoa por todo o mundo. Groxo e Cia começam, também, a erguer um monumento em homenagem à ele, começando o que irá se tornar o período “Magneto Estava Certo”. Os desenhos são de Phil Jimenez (Os Invisíveis), muito bons e que remetem ao estilo minucioso de Frank Quitely, além de trazer ótimos detalhes que fazem a diferença na arte, como Jean arrumando o cabelo ao fundo, ou abraçando Ororo num determinado momento. Apesar de muito bem desenvolvida, esse resgate de Magneto ficou estranho. Vale comentar o lapso de tempo entre Novos X-Men (Nov/ 2002) e X-Treme X-men (Set/ 2002), com Tempestade e Pássaro Trovejante numa guerra em X-Men Extra e livres aqui.
Fabulosos X-Men: recapitulando… o Fanático chamou os Fabulosos para tentar impedir Black Tom Cassidy, que desenvolveu um mutação secundária, transformando-se numa espécie de Hera Venenosa, capturando todos da equipe e sugando sua energia vital. Stacy X é libertada por Noturno e usa seus poderes em Tom, atordoando-o e liberando os demais. O Homem de Gelo termina a missão e Stacy começa a se aproximar mais de Anjo. Em paralelo, a enfermeira que cuida de Alex (em estado catatônico), se apaixona por ele e precisa se despedir quando Scott chega para buscá-lo. Agora que Polaris está de volta, vamos ver como será o reencontro dos dois.
Wolverine Anual 2001: Logan é chamado pra investigar uma morte num vilarejo, mas percebe que há muito mais mortos no lugar, cuja população está histérica. Essa história, parte de Wolverine Anual 2001, já começa com o tradicional “há milhares de anos…” para incluir algo do passado no presente. Percebemos que uma espécie de alienígena está na cidade, dominando tudo. A arte é de Kilian Plunkett (Superman – Entre a Foice e o Martelo), bastante “suja” e interessante, porém é prejudicada pelo roteiro bizarro. Em poucas páginas temos várias cenas absurdas (no mau sentido), como um padre psicótico usando uma espada de samurai (?), entre outros.
Wolverine: finalmente, a conclusão dos Arquivos Logan. A narrativa começa bem, com Dentes-de-Sabre enganando Omega Vermelho e Lady Letal, sumindo com Logan e deixando os vilões à ver navios. Os dois se teleportam para a antiga base da Arma X e se inicia o jogo de gato e rato. Aí o roteiro vai caindo até o final. Creed deixa Logan fugir, para tenta caçá-lo (ele acha divertido) pela milésima vez. O Diretor descobre o paradeiro dos dois e se dirige ao laboratório também. Um dos problemas aqui é o excesso de brigas entre os grandões, com Creed surgindo do nada dez vezes e Logan apanhando pra caramba sendo que está sem seu fator de cura (como sobreviveu ao Adamantium é um mistério). Se o final não surpreende, o epílogo é bastante empolgante. Ainda com o roteiro de Tieri, Matsuo Tsurayaba planeja se matar e relembra o momento que matou Mariko e a vingança de Wolverine, que o visita em todos os aniversários de morte da sua amada para mutilá-lo. O final é bem legal.
Nada de muito interessante na sessão de cartas, X-Men #24 desaponta com fracas conclusões em Fabulosos e Wolverine. Apesar de um início interessante em Novos X-Men, a decisão do Morrison em resgatar Magneto pode ser uma boa ou um tiro no pé, já que mortes no universo X se tornou uma piada.
Fil Felix é autor, ilustrador e psicanalista. A Central dos Sonhos é seu universo particular, por onde aborda questões como memórias, desejos e infância. Fã de HQs, escreve seus comentários sobre quadrinhos desde 2011, totalizando mais de 600 reviews. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou os livros infantis Zumi Barreshti (2021, Palco das Letras) e Meu Avô Que Me Ensinou (Ases da Literatura), entre outras publicações.
Adorei (y)