No início Hyoga enfrenta o cavaleiro Babel de Centauro e descobre que os Cavaleiros Negros foram mortos no lugar deles. Em outro lugar chegam os cavaleiros Asterion de Cães de Caça e Mouses de Baleia, descobrem que Marin criou diversas ilusões para salvar Seiya e cia. e acabam derrotando-a e a pondo no meio do mar, para chamar a atenção do Pégasus. Aqui sabemos que Marin e Seiya podem ser irmãos, por isso ela o protege tanto.
Depois de lutas e mais lutas, com destaque para as cenas em alto contraste, Marin finalmente se livra das cordas numa cena cômica, pra não dizer trágica. É a partir daqui que a história começa a se tornar mais “verídica”, afinal de contas, ela é uma treinadora de cavaleiros e não consegue se soltar sozinha? Vale comentar que essa praia onde a cena acontece serviu de cemitério para muitos personagens.
Na segunda parte Seiya se reúne com Hyoga, Shun e Shiryu, agora com todas as peças da Armadura de Ouro, e discutem sobre o torneio pelo qual passaram, sobre a fundação GRAAD e Matsumasa Kido, o pai de todas as 100 crianças espalhadas pelo mundo em busca de se tornar um cavaleiro (!). Finalmente a ficha cai e concordam que tudo não passou de um concurso violento e sem sentido, além de querer mandar Saori Kido para aquele lugar. Esse foi um dos melhores momentos da série até aqui.
Chegando ao Coliseu a Srta. Saori, para nossa surpresa, está transformada e diz ser a própria encarnação da deusa Atena, além contar tudo que aconteceu até agora (o que não justifica muita coisa). O grupo não dá a mínima, mas o cavaleiro Jamian de Corvo surge para roubar a moça e as peças da armadura por ordem do “Grande Mestre”. Temos, então, uma perseguição, a vinda de mais três Cavaleiros de Prata e, obviamente, bastante porrada. Ikki também dá as caras.
CDZ #6 está mais interessante que as edições anteriores, pois deixa de lado o exagero típico e fica mais “pé no chão”. Isso não quer dizer que os desenhos de Kurumada tenham melhorado e nem que as inúmeras cenas de sofrimento à beira da morte tenham acabado. Vale comentar algumas “novidades”: os cavaleiros possuem cartas com seus respectivos símbolos, colocando em cima do adversário morto; existe um Grande Mestre, responsável pelos 88 (!) cavaleiros existentes; ao final temos cartas de duas leitoras da série e mais esquemas de armaduras.
Fil Felix é autor, ilustrador e psicanalista. A Central dos Sonhos é seu universo particular, por onde aborda questões como memórias, desejos e infância. Fã de HQs, escreve seus comentários sobre quadrinhos desde 2011, totalizando mais de 600 reviews. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou os livros infantis Zumi Barreshti (2021, Palco das Letras) e Meu Avô Que Me Ensinou (Ases da Literatura), entre outras publicações.