X-Treme X-Men: as tropas de Khan continuam atacando Madripoor e o raio da Torre deles ameaçam a segurança mundial. A situação aparenta ser séria, já que vemos (rapidamente) heróis como Homem de Ferro e Capitão América na briga. Vampira pede à Sábia que evolua seus dons mutantes para que, assim, ela consiga controle total dos poderes absorvidos até então e virar o “exército de uma mulher só”. O pedido é realizado e ela sai destruindo tudo. Por outro lado, Salva-Vidas sofre alguns efeitos colaterais em sua mutação e culpa Sábia por isso. Ela, conhecida por Tessa e ex-membro do Clube do Inferno (infiltrada) está sendo uma das personagens mais misteriosas e interessantes da série. No espaço, Tempestade planeja uma forma de sabotar a nave de Khan.
Exilados: TJ evita seus companheiros de equipe e prefere ficar sozinha num apartamento e relembrar as missões que passou ao lado de James Proudstar, o Pássaro Trovejante, atualmente morto. No flashback conhecemos o início conturbado do relacionamento até o momento em que ela descobre estar grávida e, enfim, sua trágica morte. Uma história que foge do padrão “Exilados” de ser e que chega a ser tocante, principalmente pelo fato de Nocturna ter abortado. O título em português (Prelúdios e Nocturna) é uma brincadeira com o arco Prelúdios e Noturnos de Sandman.
X-Táticos: antes de comentar sobre esta nova série, vamos lembrar o percurso dela até aqui: a equipe criativa Peter Milligan e Mike Allred assumiram a revista X-Force #116 e abandonou todas as suas características, incluindo a famosa equipe de Cable, e criando no lugar uma equipe totalmente diferente tanto em roteiro quanto em arte. Alguns amaram (como eu) e outros detestaram essa “nova X-Force”. E a revista continuou assim até a edição #129, onde foi cancelada. Então chegamos em X-Táticos, a série que entra no lugar da X-Force: é praticamente a mesma coisa, só muda o nome da equipe.
Nessa primeira história Milligan está mais sereno e coeso, deixando de lado o “pandemônio” que as aventuras eram. Um jovem chamado Arnie comenta ter sido salvo por Edie Sawyer, a Vai Nessa, e fez dela uma verdadeira Santa, com direito a cartazes e vídeos espalhados pelo quarto. Ele culpa a equipe pela morte dela e, por algum motivo, sua mente está conectada com o Sr. Sensível. Enquanto isso o grupo escala dois possíveis membros: a transportadora Vênus Dee Milo e o sangrento Saca Rolha. Na mídia surge uma nova equipe mutante para rivalizar com os X-Táticos: a O-Force; e o Treinador fica preocupado com a perca de marketing. Um bom início de série, com algumas tramas paralelas e mais “pé no chão”. Ao final tem uma história curtinha protagonizada por Saca Rolha e Dup perdidos numa floresta. Os desenhos são de Darwyn Cooke (Mulher-Gato: Um Crime Perfeito) no estilo “Bruxa de Blair”, primeira vez que vejo algo semelhante em quadrinhos.
Mekanix: Kitty e seus colegas de classe estão trabalhando numa espécie de programa nuclear e, aparentemente, o grupo anti-mutante Pureza sabota os computadores e o projeto sai do controle, explodindo todo o prédio e obrigando Kitty a usar seu poder mutante. Os bombeiros e Karma chegam para ajudar no resgate e o segredo dela acaba vindo à tona. Uma equipe de detetives investiga o acidente e o caso ainda não está dado como encerrado. Nenhuma novidade para os leitores, mas mais empolgante que a anterior.
X-Men Extra #22 mantêm o acabamento com capa e miolo em papel de qualidade, porém as capas estão reproduzidas em menor tamanho, assim como a sessão de cartas foi incluída na contra-capa. A edição ficou mais “apertada” devido a história extra de X-Táticos. A Panini destaca o lançamento da mensal Arma X, composta por séries relacionadas ao famoso programa. Em breve ela aparece comentada aqui.
Fil Felix é autor, ilustrador e psicanalista. A Central dos Sonhos é seu universo particular, por onde aborda questões como memórias, desejos e infância. Fã de HQs, escreve seus comentários sobre quadrinhos desde 2011, totalizando mais de 600 reviews. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou os livros infantis Zumi Barreshti (2021, Palco das Letras) e Meu Avô Que Me Ensinou (Ases da Literatura), entre outras publicações.