Último capitulo do arco “Estação das Brumas” com as cores originais. O Inferno agora é governado pelos anjos Duma e Remiel que, apesar de não gostarem tanto da ideia, percebem como podem torná-lo um “lugar melhor”. Enquanto isso Lúcifer reflete sua nova vida observando o pôr do Sol. Morfeus resolve a situação de Nada e dos convidados que ainda permaneceram no Sonhar: Suzano-o-No-Mikoto e a dupla do reino das fadas. O interessante é que Neil Gaiman trata de tantos assuntos em tão poucas páginas, conseguindo explorar cada detalhe deixado para trás. Um dos destaques, além da cena acima onde Sandman é tapeado, é o “novo” conceito de Inferno para os anjos, que nada mais fizeram que mudar a intenção dos atos e não o modo de fazê-los. Este é o arco, até o momento, mais “filosófico”.
Citação: “…Mas aí eu penso… qualquer deus capaz de fazer poentes como esses, diferentes a cada noite que chega… Cara, é preciso respeitar esse velho escroto, não?.” – Sandman #28 (Neil Gaiman).
Fil Felix é autor, ilustrador e psicanalista. A Central dos Sonhos é seu universo particular, por onde aborda questões como memórias, desejos e infância. Fã de HQs, escreve seus comentários sobre quadrinhos desde 2011, totalizando mais de 600 reviews. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou os livros infantis Zumi Barreshti (2021, Palco das Letras) e Meu Avô Que Me Ensinou (Ases da Literatura), entre outras publicações.