Nome Original: Exiles #11; X-Treme X-Men #8; X-Force #125; Icons: Chamber #2
Editora/Ano: Panini, 2003 (Marvel, 2002)
Preço/ Páginas: R$7,50/ 100 páginas
Gênero: Ação/ Super-Herói
Roteiro: Judd Winick; Chris Claremont; Peter Milligan; Brian K. Vaughan
Arte: Jim Calafiore; Salvador Larroca; Mike Allred; Lee Fergunson
Sinopse: X-Treme X-Men: sob a influência da Mestra Mental, Vampira ataca seus próprios companheiros, enquanto Gambit e Lótus Escarlate tentam resgatar Sábia das mãos de Sebastian Shaw! Exilados: num raro momento de folga, a galera decide tomar um solzinho como veio ao mundo. Mas como fazer isso com o mala do Morfo por perto? X-Force:maus fluidos tomam conta da equipe com a entrada de uma nova integrante… a Falecida! Ícones X-Men: quem tentou matar Câmara? Um labirinto de intrigas envolve o mais jovem integrante dos X-Men numa macabra conspiração.
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Outra boa edição de X-Men Extra, parece que agora o mix vai pra frente de vez. O destaque fica com Exilados, numa história engraçadíssima envolvendo o Morfo e a Solaris; e para a X-Force e sua nova empreitada: mudar o nome da equipe e receber mais um novo membro. A série do Câmara permanece interessante, com uma arte estilizada muito bonita, e X-Treme X-Men volta a decair numa aventura sem diálogos. Apesar de não trazer nenhum fato de suma importância para a cronologia mutante, foi uma edição muito divertida de ler.
X-Treme X-Men: mais uma história criada no “mês silencioso” da Marvel (Nuff Said). Não há diálogos e a trama é bem confusa. Gambit faz galanteios em meio à um quebra pau; Pássaro Trovejante e Tempestade estão indo ao local secreto de Sebastian Shaw; Mestra Mental continua criando ilusões na mente de Vampira, fazendo com que ela ataque seus companheiros. O Lótus Escarlate enfrenta Shaw, mas sem sucesso.
Tudo acontece rápido e as mudanças de locais são bruscas, chega um ponto em que não sabemos onde cada personagem está. Os desenhos de Salvador Larroca são muito bons, mas não funcionaram dessa vez. Não há grandes destaques e o diferencial fica por conta das cenas da Mestra Mental se passando por Gambit na mente da Vampira. Nas ilusões o casal dá uns amassos, mas não realidade são as duas ^^.
Exilados: o destaque da edição. Cronologicamente, a trama se passa antes dos últimos eventos (mundo Skrull, perda do Pássaro Trovejante) e pode ser lida isoladamente, por não possuir conexões. Blink, Mímico, Nocturna e Pássaro desejam pegar uma praia e ficarem “como vieram ao mundo”, mas como lidarem com as piadas do Morfo? Solaris, para ajudar o grupo, arrasta o comediante para longe, numa tentativa de entretê-lo. A amizade entre os dois se estreita.
O roteiro continua com Judd Winick, mas a arte deixa de ser do ótimo Mike McKone. Numa história onde os protagonistas tirarão a roupa, é uma lástima a saída do desenhista (o seu Mímico é ótimo ^^), mas ele retorna já na próxima. Jim Calafiore foi o escolhido para substituí-lo e não desaponta. O seu Morfo é hilário, roubando todas as cenas que participa, se tornando uma das edições mais engraçadas de Exilados até o momento. Além do mais, Solaris faz uma revelação bombástica num momento em que Morfo e o leitor fica sem reação.
X-Force: o novo Treinador da equipe avisa que em breve será necessário trocar o nome X-Force, já que precisam pagar à formação original pelos direitos do nome e o Anarquista, Vai Nessa e Órfão vão a um cemitério visitar a Falecida, a mais nova integrante do grupo. A mídia, apesar de glorificar a X-Force, poderá se tornar contra a mesma devido o que ocorreu no salvamento do menino Paco, uma das primeira missões. Para saírem da situação, terão que enfrentar alguns humanos-zumbis e perderem, propositalmente.
Outra história bastante engraçada na edição, principalmente pelas piadas nas entrelinhas, como os inimigos chamados de “Rangers de Bush”. A troca de nome tem haver com o “cancelamento” da revista X-Force e a criação de uma nova. Outros destaques ficam para o relacionamento entre os membros: Anarquista e Spike continuam brigando pelo lugar do “membro negro”; Órfão e Vai Nessa misturam o trabalho com o coração; Vivissector e Adiposo estão ficando cada vez mais distantes deles, se tornando uma “equipe dentro da equipe”.
Ícones X-Men – Câmara: Starsmore continua sua investigação pela escola, procurando o culpado por trás do assassinato dos mutantes que ocorreu. A narração tem um clima despojado e de colegial, como em filmes do gênero. Há o grupinho briguento, o colega de quarto suspeito, uma possível paixãozinha etc. Mesmo com esses clichês, Vaughan (Ex Machina) trabalha bem na história, sem ficar piegas demais. Algumas sacadas foram muito interessantes, como os tiros que Câmara leva e os feixes de luz saindo pelo quarto. Os desenhos de Lee Fergunson são bonitos e se encaixaram perfeitamente, assim como as cores de Jose Villarrubia que, apesar de não estarem tão estilizadas como na edição anterior, são excelentes e um dos diferenciais da série.
A Panini mantêm o formato padrão da edição, com capa cartonada e miolo LWC, as capas originais e sessão de novidades e cartas. 2003 foi o ano em que estreou o filme X-Men 2 ( pra mim, um dos melhores filmes de super-heróis) e a editora lança vários títulos no embalo, como X-Men – Deus Ama, o Homem Mata.
Fil Felix é autor, ilustrador e psicanalista. A Central dos Sonhos é seu universo particular, por onde aborda questões como memórias, desejos e infância. Fã de HQs, escreve seus comentários sobre quadrinhos desde 2011, totalizando mais de 600 reviews. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou os livros infantis Zumi Barreshti (2021, Palco das Letras) e Meu Avô Que Me Ensinou (Ases da Literatura), entre outras publicações.
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