Editora/Ano: JBC, 2012 (Shueisha, 1987)
Preço/ Páginas: R$10,90/ 184 páginas
Gênero: Ação/ Mangá
Roteiro/ Arte: Masami Kurumada
Sinopse: Finalmente a identidade do Cavaleiro de Fênix é revelada. Ele é Ikki, o irmão mais novo de Shun, que treinou para ser um cavaleiro na Ilha da Rainha da Morte, local conhecido por ser o inferno na face da Terra. Agora, Ikki está tomado pelo ódio e quer destruir seu irmão e ex-amigos de orfanato. Com a ajuda de seus subordinados, os Cavaleiros Negros, ele rouba a Armadura de Ouro de Sagitário e foge. Seiya, Hyoga e Shiryu conseguem reaver algumas das partes, mas descobrem que os verdadeiros Cavaleiros Negros são muito mais fortes do que os que eles enfrentaram, e marcam um confronto no Monte Fuji. Enquanto o dia da batalha não chega, Shiryu vai a Jamiel procurar por Mu, a pessoa que diz consertar Armaduras de Bronze. Porém, lá o dragão descobre que precisará tomar uma terrível escolha para conseguir consertá-las.
Essa terceira edição de Cavaleiros do Zodíaco varia entre o mediano e o ruim, tanto em arte quanto roteiro. Mesmo para os fans de toda a mitologia por detrás da série ou do anime (como eu), muitos momentos forçam a boa vontade do leitor, além da arte de Kurumada e as atitudes exageradas dos personagens, neste volume ainda temos problemas de continuidade em algumas cenas. É um verdadeiro teste de fidelidade ao leitor comum continuar à acompanhar a série.
Continuando os eventos da edição anterior, a identidade do Cavaleiro de Fênix é revelada, tratando-se de Ikki, irmão de Shun, um homem repleto de ódio e sede por vingança, que ataca os outros cavaleiros violentamente e, com ajuda de seus Cavaleiros Negros, roubam a armadura de ouro. Hyoga, Seiya, Shun e Shiryu perseguem os ladrões e conseguem recuperar parte da armadura roubada. Enquanto Ikki planeja seu próximo ataque, o Dragão viaja até o palácio de Mu para que sua armadura e a de Seiya sejam consertadas, pois estao bastante danificadas.
Existe alguns problemas de continuidade na cena em que a armadura é roubada e quando começa a perseguição. Não houve planejamento da missão? Como eles sabiam a localidade dos Cavaleiros Negros? E por que Ikki não vestiu a armadura quando pôde? São tantas situações absurdas ocorrendo ao mesmo tempo e, para ajudar, as falas são forçadas e repetem o que acabamos de ver, além dos diálogos intermináveis. As lutas continuam sendo os únicos destaques até agora e, ainda assim, não empolgam tanto.
A arte de Kurumada é alvo de bastante crítica, até mesmo dos fans, pois oscila entre belas ilustrações sombreadas (como na página que mostra uma fênix) e sequências de ação ótimas (como quando Ikki despedaça um cavaleiro) à erros grosseiros de anatomia, expressões tortas, falta de detalhes etc. Infelizmente, os bons momentos não compensam os maus, pois a caracterização dos personagens chegam a incomodar em certos momentos, ainda mais em situações exageradas.
Em breve se inicia o arco das Doze Casas, onde os Cavaleiros de Bronze enfrentam os Cavaleiros de Ouro, representados pelos signos do Zodíaco e espero que a qualidade melhore, pois está difícil engolir alguns capítulos. Lembrando que CDZ possui 28 volumes que englobam as Sagas do Santuário, de Poseidon e Hades e que a JBC irá publica-los na integra, em seu formato original. O trabalho da editora também poderia ter sido melhor, já que é a terceira vez em que CDZ é publicado no Brasil e que agora, supostamente, seria a edição “definitiva”.
Como material “extra” temos o Esquema de Desmontagem e Colocação das Armaduras, mostrando como as urnas de mais cinco cavaleiros se tornam as peças das armaduras; uma tabela indicando, em pontos, o poder/ resistência dos 10 Cavaleiros de Bronze; e um TOP 5 dos Cavaleiros mais populares realizado pela Shonen Jump em 1986. Também há, no início, uma espécie de resumo da história e dos personagens.
Fil Felix é ilustrador e escritor. Criador dos conceitos e personagens do universo da Central dos Sonhos. Fã de HQs, gosta de escrever reviews desde 2011, totalizando mais de 600 delas em 2023. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a Coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou seu primeiro livro infantil em 2021: Zumi Barreshti, da editora Palco das Letras.