A novidade em X-Men #11 é a inclusão do spin-off de X-Treme X-Men (Savage Land), mas continua na mesma média da edição anterior, ficando bem longe da aventura extrema que os fans aguardam. Em Exilados é iniciado um novo arco (Nas Florestas Selvagens do Norte) e também temos a conclusão da série Ícones: Vampira. Como de costume, a Nova X-Force continua satisfazendo e sendo, facilmente, uma das melhores séries a aportar no mix de X-Men Extra até o momento.

Iniciando a edição temos Os Exilados. Interessante como essa série (assim como a X-Force) divide opiniões entre os leitores, conforme as cartas mostradas nesta e em edições anteriores. Há aqueles que detestam, pois nada acrescenta à cronologia dos mutantes; e há aqueles que gostam, pois é interessante e descompromissada. Pra mim, ela fica no meio termo. É fato que odeio histórias que se passam em realidades alternativas, pois geralmente não prestam. Felizmente, o roteirista Judd Winick está fazendo um trabalho interessante, explorando bem o grupo e eventos já conhecidos pelos fans mais veteranos, como o julgamento da Fênix.
Nessa 5ª história do grupo temos a primeira parte do arco Nas Florestas Selvagens do Norte. Basicamente, o grupo se encontra com o Hulk na época em que o Wolverine fazia parte da Tropa Alfa, no Canadá. Sua missão: impedir que alguns heróis morram. De destaque temos o relacionamento entre Blink e Mímico, uma cena onde mostra vários heróis de segundo escalão, o humor do Morfo e o envolvimento da Arma X, fora o tradicional “Hulk Esmaga!”. Mas de interessante mesmo é o Mímico perder as asas e desfilar sem camisa por toda a história 🙂

Em seguida, X-Treme X-Men: Terra Selgavem #1. Sinceramente, não entendo o intuito dessa série. Okay, um grupo de X-Men se une para procurarem os diários perdidos de Sina, a mutante que era capaz de prever o futuro, em missões extremas para poderem salvar humanos e mutantes de um trágico destino. Interessante, mas não é o mostrado na série. Em vez disso temos lutas, um vilão super-poderoso, a morte precoce de uma heroína e outras coisas básicas do Universo X. E nesse spin-off isso fica mais claro.
Vampira sonha que está sendo perseguida por um grupo de dinossauros vestidos de X-Men e acaba sendo devorada no final. Como sua mente virou uma bagunça, o grupo decide seguir algumas coordenadas passadas por Sábia e vão até o local que pode ser o mesmo do sonho da mutante. Lá, encontram um grupo de estranhas criaturas, parecidas com dinossauros e, como dita o “sonho de Xavier”, os X-Treme decidem levá-los à um lugar seguro onde possam viver em paz (a Terra Selvagem). Lembrando que é a primeira parte de um arco e que, como esperado, não acaba tão bem assim. Com uma equipe tão grande na produção, esperava-se mais. De destaque, os desenhos que possuem fortes contornos e a aparição surpresa do Fera.

Na sequencia vem a Nova X-Force. De cara, a presença de Wolverine parodiando a própria série, falando que está ali só pra aumentar as vendas (na verdade ele está sendo filmado por Dup). Dando continuidade aos eventos da edição anterior, Vai Nessa planeja matar o Órfão, a pedido do Técnico, para poder se tornar a nova líder da equipe. O relacionamento entre Logan e Dup é suspeito, além das reais intenções do Técnico. Os desenhos “pop” de Mike Allred e as cores de Laura Allred são excelentes e a história continua surpreendendo.
Focada em Vai Nessa e no Órfão, os destaques vão para o final trágico (como de costume), mas que pode mudar a estrutura da equipe; Wolverine no estilo do Frank Quitely; a utilização da mídia como forma de impulsionar a equipe, explorando o lado mais sensacionalista de cada integrante, como o alcoolismo de Vai Nessa e a depressão do Órfão. Continua sendo a história mais interessante do mix.

E finalizando a edição temos a conclusão da mini-série Ícones: Vampira. Essa série se diferencia das demais por trazer um clima mais calmo e se aprofundar no psicológico da personagem, mas a roteirista se deixou levar pelos clichês que envolvem a Vampira e concluiu a mini-série de forma rasa. Afinal de contas, quantas vezes a mutante não demonstrou sua bondade tendo que tocar em algum amigo/ desconhecido que está com os poderes descontrolados? É bem isso que acontece no final. Há uma curiosidade, também: se é contado os primeiros passos dela nos X-Men, imaginamos que a história se passe numa época mais antiga (ela foi criada em 1981), então o uso de “telefone” e “internet” são, no mínimo, estranhos.
Trata-se de mais uma edição mediana de X-Men Extra, sem nada de muito gritante à acrescentar. Os leitores fazem vários elogios à Panini na sessão de cartas (um pouco diferente da atual realidade), até porque a editora realizou um bom trabalho nas primeiras edições da Marvel. O formato continua o mesmo: capa cartão, miolo LWC.