Nome Original: X-Treme X-Men: Savage Land #1; Exiles #5; X-Force #120 e Rogue #
Editora/Ano: Panini, 2002 (Marvel, 2001)
Preço/ Páginas: R$6,90/ 100 páginas
Gênero: Ação/ Super-Herói
Roteiro: Chris Claremont; Judd Winick; Peter Milligan; Fiona Kai Avery
Arte: Kevin Sharpe; Mike McKone; Mike Allred; Aaron Lopresti
Sinopse: Estranhos sonhos envolvendo a Terra Selvagem perturbam Vampira. Os X-Men decidem investigar e embarcam numa surpreendente aventura. X-Force: a traição do Técnico e a revelação de toda a surpreendente verdade por trás do massacre dos Badstreet Boys é revelada. Exilados: Blink e seus amigos unem-se a Wolverine e à Tropa Alfa para caçar o incrível Hulk! Ícones: o final da saga de Vampira!
A novidade em X-Men #11 é a inclusão do spin-off de X-Treme X-Men (Savage Land), mas continua na mesma média da edição anterior, ficando bem longe da aventura extrema que os fans aguardam. Em Exilados é iniciado um novo arco (Nas Florestas Selvagens do Norte) e também temos a conclusão da série Ícones: Vampira. Como de costume, a Nova X-Force continua satisfazendo e sendo, facilmente, uma das melhores séries a aportar no mix de X-Men Extra até o momento.
Iniciando a edição temos Os Exilados. Interessante como essa série (assim como a X-Force) divide opiniões entre os leitores, conforme as cartas mostradas nesta e em edições anteriores. Há aqueles que detestam, pois nada acrescenta à cronologia dos mutantes; e há aqueles que gostam, pois é interessante e descompromissada. Pra mim, ela fica no meio termo. É fato que odeio histórias que se passam em realidades alternativas, pois geralmente não prestam. Felizmente, o roteirista Judd Winick está fazendo um trabalho interessante, explorando bem o grupo e eventos já conhecidos pelos fans mais veteranos, como o julgamento da Fênix.
Nessa 5ª história do grupo temos a primeira parte do arco Nas Florestas Selvagens do Norte. Basicamente, o grupo se encontra com o Hulk na época em que o Wolverine fazia parte da Tropa Alfa, no Canadá. Sua missão: impedir que alguns heróis morram. De destaque temos o relacionamento entre Blink e Mímico, uma cena onde mostra vários heróis de segundo escalão, o humor do Morfo e o envolvimento da Arma X, fora o tradicional “Hulk Esmaga!”. Mas de interessante mesmo é o Mímico perder as asas e desfilar sem camisa por toda a história 🙂
Em seguida, X-Treme X-Men: Terra Selgavem #1. Sinceramente, não entendo o intuito dessa série. Okay, um grupo de X-Men se une para procurarem os diários perdidos de Sina, a mutante que era capaz de prever o futuro, em missões extremas para poderem salvar humanos e mutantes de um trágico destino. Interessante, mas não é o mostrado na série. Em vez disso temos lutas, um vilão super-poderoso, a morte precoce de uma heroína e outras coisas básicas do Universo X. E nesse spin-off isso fica mais claro.
Vampira sonha que está sendo perseguida por um grupo de dinossauros vestidos de X-Men e acaba sendo devorada no final. Como sua mente virou uma bagunça, o grupo decide seguir algumas coordenadas passadas por Sábia e vão até o local que pode ser o mesmo do sonho da mutante. Lá, encontram um grupo de estranhas criaturas, parecidas com dinossauros e, como dita o “sonho de Xavier”, os X-Treme decidem levá-los à um lugar seguro onde possam viver em paz (a Terra Selvagem). Lembrando que é a primeira parte de um arco e que, como esperado, não acaba tão bem assim. Com uma equipe tão grande na produção, esperava-se mais. De destaque, os desenhos que possuem fortes contornos e a aparição surpresa do Fera.
Na sequencia vem a Nova X-Force. De cara, a presença de Wolverine parodiando a própria série, falando que está ali só pra aumentar as vendas (na verdade ele está sendo filmado por Dup). Dando continuidade aos eventos da edição anterior, Vai Nessa planeja matar o Órfão, a pedido do Técnico, para poder se tornar a nova líder da equipe. O relacionamento entre Logan e Dup é suspeito, além das reais intenções do Técnico. Os desenhos “pop” de Mike Allred e as cores de Laura Allred são excelentes e a história continua surpreendendo.
Focada em Vai Nessa e no Órfão, os destaques vão para o final trágico (como de costume), mas que pode mudar a estrutura da equipe; Wolverine no estilo do Frank Quitely; a utilização da mídia como forma de impulsionar a equipe, explorando o lado mais sensacionalista de cada integrante, como o alcoolismo de Vai Nessa e a depressão do Órfão. Continua sendo a história mais interessante do mix.
E finalizando a edição temos a conclusão da mini-série Ícones: Vampira. Essa série se diferencia das demais por trazer um clima mais calmo e se aprofundar no psicológico da personagem, mas a roteirista se deixou levar pelos clichês que envolvem a Vampira e concluiu a mini-série de forma rasa. Afinal de contas, quantas vezes a mutante não demonstrou sua bondade tendo que tocar em algum amigo/ desconhecido que está com os poderes descontrolados? É bem isso que acontece no final. Há uma curiosidade, também: se é contado os primeiros passos dela nos X-Men, imaginamos que a história se passe numa época mais antiga (ela foi criada em 1981), então o uso de “telefone” e “internet” são, no mínimo, estranhos.
Trata-se de mais uma edição mediana de X-Men Extra, sem nada de muito gritante à acrescentar. Os leitores fazem vários elogios à Panini na sessão de cartas (um pouco diferente da atual realidade), até porque a editora realizou um bom trabalho nas primeiras edições da Marvel. O formato continua o mesmo: capa cartão, miolo LWC.
Fil Felix é ilustrador e escritor. Criador dos conceitos e personagens do universo da Central dos Sonhos. Fã de HQs, gosta de escrever reviews desde 2011, totalizando mais de 600 delas em 2023. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a Coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou seu primeiro livro infantil em 2021: Zumi Barreshti, da editora Palco das Letras.