[Review] Ponto de Ignição #4 !

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Nome Original: Flashpoint #3;  Flashpoint: Kid Flash Lost #2 e #3

Editora/Ano: Panini, 2012 (DC, 2011)
Preço/ Páginas: R$5,90/ 68 páginas
Gênero: Super-Herói/ Ação
Roteiro: Geoff Johns; Sterling Gates
Arte: Andy Kubert; Oliver Nome
Sinopse: após a tentativa frustrada e insana para tentar recuperar seus poderes, Barry Allen tenta outra vez, agora com resultados surpreendentes. Nas ruínas da Inglaterra, Lois Lane tem um inesperado encontro com a resistência. Ponto de Ignição – Kid Flash Perdido: no futuro, Bart Allen e Patty Spivot tentam escapar de Brainiac e, ao mesmo tempo, salvar o passado.

Estamos na penúltima edição de Ponto de Ignição, a minissérie que mudou todo o Universo DC. Para algo de tanta importância, é esperado uma história épica e emocionante, mas ao final de cada edição ficamos com a impressão de “ok, tudo bem…. quando irão trazer a antiga DC de volta?”. A história não empolga mais e os inúmeros spin-offs não atrai os novos leitores, afinal de contas, quem quer ler (e gastar) tantas HQs somente para tentar entender como ocorreu essa reviravolta na editora?
 
A boa notícia é que a Panini irá publicar Os Novos 52 por completo, ou seja, todas as novas séries da DC irão sair por aqui. Com isso também veio uma “nova” forma de publicação, reservada à comic shops e com um valor mais elevado, viabilizando o lançamento de HQs mais obscuras. Claro que muito se comentou (e criticou) quanto à organização dos mixes e dessa distribuição, mas também deu esperanças aos leitores que aguardam séries pouco conhecidas por aqui (ou até canceladas) de serem lançadas, não importando se gastarão um pouco a mais. Por enquanto, ponto para a Panini pela iniciativa, só lembrando que por volta dos anos 2000 foi tentado algo parecido por outras editoras, mas que não vingou.
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A edição se inicia com Flashpoint #3, a série principal. Recapitulando, o Flash acordou numa realidade paralela onde ele não possui poderes, não é casado, sua mãe está viva e os hérois que conhecia mudaram bastante. Não há mais Liga da Justiça, o Aquaman e a Mulher-Maravilha enlouqueceram e estão destruindo Londres e a Europa, além de travarem uma guerra entre si. Afim de tentar restaurar a realidade, Barry pede ajuda à Batman, que estranha no início mas decide ajuda-lo à recuperar seus poderes. Numa noite chuvosa, é posto uma cadeira cheio de produtos químicos e um pára-raios no quintal para tentar repetir o feito que deu os poderes ao Flash. No final, ele quase morre.
 
Então chegamos nesta edição. Depois de todo o drama dele quase morrer, a dupla tentam realizar o experimento de novo e, para nossa “surpresa”, o Flash recupera seus poderes. Então começa uma sequência de ações que pouco empolgam e quase não acrescentam ao objetivo principal, que seria explicar melhor como ocorreu o “reboot”. Barry convence Batman à se unir ao Cyborgue, na tentativa de reunir outros integrantes da Liga para salvar o mundo. Juntos, vão até a base onde ocorreu o Projeto Superman, algo secreto envolvendo o Homem de Aço. Lembrando que apenas o Flash sabe do que ocorreu à realidade e claro que uma invasão dessas não passaria despercebida.

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O grande problema em Ponto de Ignição é o que prometeu ser e o que não conseguiu ser. Afinal, estamos falando de um acontecimento que zerou praticamente toda uma vida de HQs. Como falei no início é esperado algo épico, mesmo daqueles que não acompanham o Universo DC, mas ao invés disso temos mais uma história envolvendo heróis numa realidade alternativa. Em compensação, a arte de Andy Kubert é ótima e consegue captar bem as cenas de ação, mesmo quando são mais “dramáticas”. Destaque, também, para a participação especial de Lois Lane no papel de uma repórter investigativa, tentando encontrar a “resistência” em meio ao caos que se tornou a nova Temiscira.
 
Na sequencia temos a conclusão da série Kid Flash Perdido, mostrando o velocista mirim indo parar em outra realidade paralela e mais mudanças em personagens, como Patty Spivot se tornando a nova Perseguidora Implacável. Acordando numa realidade governada por Brainiac, ao estilo Matrix de ser (com direito à máquinas sugando energia de humanos presos em tanques de realidade virtual), Bart arma um plano para fugir de lá e tentar voltar ao tempo normal.
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De destaque temos a arte que, como era de se esperar, abusa nos tons de vermelho e amarelo numa explosão de luzes. De restante, boiei geral. Surge um “Flash Negro” e depois um “Flash Branco”, vários flashbacks mostrando a família Flash em situações diversas culminando num “trágico” fim (que acredito ser passageiro). Sinceramente, não estou entendendo muito bem toda essa história de “Ponto de Ignição” (gostaria de saber que não sou o único 🙂
 
Para os fans mais veteranos será interessante rever algumas lembranças dos vários Flashs que existiram no Universo DC, com direito a simulação de traço e tudo. A Panini mantêm o formato de especiais (capa couché e miolo LWC), o preço convidativo e um “recapitulando” no início da edição. No mais, é aguardar a chegada da última (e decisiva) edição de Ponto de Ignição, para então lermos alguma série dos Novos 52.
nota 4,5 ]
*Cansei de ler tanto “Flash”.
*Até!

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