Nome Original: X-Men: Black Sun #1 à #5
Editora/Ano: Panini, 2002 (Marvel, 2000)
Preço/ Páginas: R$6,90/ 128 páginas
Gênero: Ação/ Super-Herói
Roteiro: Chris Claremont, Len Wein, Roy Thomas e Louise Jones Simonson
Arte: Tom Derenick, Karl Waller, Alitha Martinez e Pablo Raimondi
Sinopse: Cinco membros dos X-Men foram possuídos pelo espírito dos demoníacos N’Garai, a serviço de Belasco. Agora, seus companheiros precisam detê-los e impedir que a Terra seja dominada pelas hordas do Senhor do Limbo. Para isso, eles contarão com a ajuda de uma aliada que julgavam perdida há muito tempo: Magik!
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X-Men Extra #5 possui a mini-série Sol Negro, feita para comemorar os 25 anos da criação da segunda geração dos X-Men, lançada em 1975 na Giant-Size X-Men. A história se passa ANTES dos acontecimentos atuais (bem antes), onde a Lince Negra ainda está “viva”. A história é confusa, a homenagem não funcionou e não afeta o entendimento da fase atual. As equipes não comentaram, pelo menos não que me lembre, sobre os eventos de Sol Negro. Então pra que ler (ou publicar) a esta altura do campeonato? Espero que haja alguma influência nas próximas edições…
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Na história, Kitty Pride é pega de surpresa pelos N’Garai e acaba indo para o Limbo, onde reencontra Magia, a irmã morta de Colossus, e Belasco. É travada uma luta e o vilão retira a alma da x-man, transformando-a numa gema. O plano de Belasco é capturar a alma de 4 x-men originais, conseguindo as 5 gemas e abrindo um portal entre o Limbo e a Terra. Para isso, ele captura 5 dos novos X-Men (Tempestade, Banshee, Solaris, Colossus e Noturno) e faz com que suas almas sejam trocadas com as de cinco N’Garai. Em corpos novos, essas criaturas vão atrás das outras vítimas e cabe à Magia tentar impedir os planos do demônio. Tudo isso é jogado na cara do leitor logo no início, numa forma bastante confusa e só é esclarecido lá pela edição #3 de Sol Negro.
Não é dado muitas explicações sobre o retorno de Magia e as seqüências são bem ruins, não de desenhos, mas na história mesmo. Ao redor do mundo estão surgindo lápides que servem de portal para os N’Garai, há uma outra raça rival desses demônios que quer vingança, a confusão entre o que é real e o que se passa no Limbo também não ajuda. Enfim, é muita informação para no fim não dar em nada. O argumento é de Chris Claremont, que vinha guiando as séries principais dos X-Men até agora, com o roteiro de outros escritores. Nos desenhos, a arte é consistente. Mesmo realizada por artistas diferentes, não há nenhuma cena “triunfal” ou muito ruim, ficando na média.
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Essa mini-série é composta por 5 edições e a Panini publicou todas elas nessa edição de X-Men Extra, aumentando seu número de páginas, mas mantendo o preço. O acabamento é o mesmo das anteriores (capa cartão, miolo LWC) e as sessões de carta e novidades possuem algum destaque. Há um especial sobre Weapon X, a nova série envolvendo o Wolverine que a Marvel iria publicar e que mais tarde ganharia sua própria revista pela Panini, a Arma X. A editora também incluiu as 5 capas originais feitas por Vince Evans (Justiceiro, Conan), o que foi bem acertado, já que são ótimas.
Uma edição bastante dispensável, a não ser que surja algum evento mais pra frente que vá utilizar referências de Sol Negro. A minha reação para algumas cenas foi de “mas hein?”, de tão bizarras. Em todo tempo é comentado que Belasco precisa da alma dos X-Men originais, mas ele pega a da Kitty, em primeiro lugar, e depois do Anjo, Polaris, Fera e Homem de Gelo. Ta certo que Scott ta morto, mas e a Jean? Comentaram até do Destrutor, o incluindo na primeira equipe, dando um motivo para a existência de Lorna Drake na captura. É aquela famosa história sem pé nem cabeça, corrida e cheia informações desnecessárias. Claremont se despediu em X-Men #5 e eu até que estava repensado nas últimas histórias que ele criou, mas com esse Sol Negro a bondade foi enterrada de vez e que venha o próximo roteirista!
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A seguir, em X-Men Extra #6, é retomada a cronologia normal e traz a mini Em Busca de Ciclope, já percebemos que vem palhaçada pela frente… mas por pouco tempo, já que Grant Morrison assume daqui à algumas edições, reformulando todo o universo X-Men numa polêmica fase.
*É impressão minha ou os N’Garai são bem parecidos com o Alien?
Fil Felix é autor, ilustrador e psicanalista. A Central dos Sonhos é seu universo particular, por onde aborda questões como memórias, desejos e infância. Fã de HQs, escreve seus comentários sobre quadrinhos desde 2011, totalizando mais de 600 reviews. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou os livros infantis Zumi Barreshti (2021, Palco das Letras) e Meu Avô Que Me Ensinou (Ases da Literatura), entre outras publicações.
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Comments
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Eu não entendo nada dessas revistas, sério. Mas, eu acho que iria amar ser viciada nelas, faz muito o meu estilo. Depois vou procurar umas pra mim ler.
Obrigada pelo comentário lá no blog. Volte sempre que puder.
Beijos,
Monique <3