Editora/Ano: Panini, 2002 (Marvel, 2001)
Preço/ Páginas: R$6,90/ 100 páginas
Gênero: Ação/ Super-Herói
Roteiro: Scott Lobdell
Arte: Salvador Larroca; Leinil Francis Yu; Tom Raney
Sinopse: Magneto sequestrou Charles Xavier para usa-lo como símbolo em sua guerra contra a humanidade. Com os pesos-pesados da equipe empenhados na busca pelos diários perdidos de Sina, Jean Grey tem de reunir um grupo de novatos às pressas para resgatar seu mentor e impedir o genocídio de duas raças. Mas que chance tem um punhado de heróis inexperientes contra o mutante mais poderoso da Terra?
Na última edição, Magneto declara guerra ao mundo e sequestra o Professor X, seu maior inimigo, para servir como símbolo de sua vitória. Infelizmente, alguns dos membros mais ativos dos X-Men estão em missão paralela (em busca dos diários de Sina) e incomunicáveis, restando Jean, Wolverine e Ciclope.
A ruiva tem a brilhante ideia de tentar reunir novos membros para a equipe e tentarem invadir Genosha e resgatar seu mentor. Indo de lugar em lugar, ela recruta a Cristal, o Estrela Polar, um mutante com a pele transparente e um indestrutível. Tudo muito fácil e simples, como se a chance de morrer por um cara que eles nem conhecem não fosse, no mínimo, estranha. Sem contar que também entra para a equipe Solar, irmã desconhecida do Solaris e Johanna Corgill, a ex-acólita Frenesi. Mas hein?
A arte continua com Larroca, Francis Yu e Raney, que tentam manter uma certa qualidade nos desenhos, apesar de estilos diferentes. Mas o que conta mesmo é a história de Scott Lobdell. O roteirista foi responsável por grandes momentos da equipe nos anos 1990, inclusive por tirar do armário o Estrela Polar. Mas o que poderia dar numa ótima saga, dá algo ensosso demais.
Afinal de contas, o mundo está prestes a passar pela terceira Guerra Mundial, graças ao mutante mais poderoso da Terra, e Jean Grey, uma das telepatas mais poderosas, reúne um bando de gente inexperiente. Tá certo que o Estrela Polar e Cristal já fizeram parte da equipe, mas ele agora escreve livros e ela está confusa por conta da vivência no Mojoverso.
A única coisa interessante, até chegarem à Genosha, é a relação entre Estrela Polar e o homofóbico Paulie. Seria trágico se não fosse cômico (respiração boca a boca?). Mas é em Genosha que a coisa piora. O que esperar de uma nave próxima à Magneto? O de sempre, ele a destrói e traz a estranha equipe para o centro de sua cidade, ondo todos estão reunidos.
Enquanto isso, o Professor X está preso numa cruz, sem consciência, e Wolverine, Ciclope e Polaris tentando salvar alguns humanos do país. Todos se reúnem e já acontece a primeira morte da equipe, seguindo de discussões e brigas, como de costume. O destaque fica para Jean Grey assumindo que não serve pra liderar e reagindo às mortes da equipe. Criaram tanta pampa para essa saga, mas é apenas outra fase mediana, com mais mortes (parece que toda edição morre uns 2) e finais já esperados. O que me incomoda mesmo é Jean Grey reunir um bando de mutantes nada haver, que nunca dariam certo trabalhando juntos para enfrentarem o Magneto. Cadê o pessoal da Tropa Alfa? Da X-Force? Da antiga Excalibur?
Fil Felix é ilustrador e escritor. Criador dos conceitos e personagens do universo da Central dos Sonhos. Fã de HQs, gosta de escrever reviews desde 2011, totalizando mais de 600 delas em 2023. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a Coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou seu primeiro livro infantil em 2021: Zumi Barreshti, da editora Palco das Letras.