Editora/Ano: Panini, 2012 (DC, 2011)
Preço/ Páginas: R$5,90/ 60 páginas
Gênero: Super-Herói/ Ação
Roteiro: Geoff Johns
Arte: Scott Kolins & Francis Manapul; Andy Kubert
Sinopse: Enquanto o Barry Allen da outra Terra tenta retirar os poderes do Kid Flash, Patty Spivot se encontra à mercê do Flash Reverso. No entanto, a jovem é salva pelo Flash no último instante. Longe de ser derrotado, o Professor Zoom faz mais uma vítima fatal e, com todo o poder que agora detém, transforma radicalmente toda a realidade. Um novo mundo se descortina à frente do outrora Homem Mais Rápido do Mundo… e não parece um lugar que ele gostaria de viver. Ponto de Ignição começa pra valer!
Finalmente é lançado a mini Flashpoint (Ponto de Ignição) na segunda revista de Ponto de Ignição. Deve soar estranho, mas na primeira edição foi publicado duas histórias do Flash, que funcionam como “prévia” para o evento que “mudará o Universo DC”, como a Panini expôs na capa. Apesar de menos páginas, mantêm o mesmo formato: capa couché e papel LWC, além de uma introdução para situar o leitor.
A primeira história é The Flash #12, dando continuidade aos eventos envolvendo Barry Allen, Kid Flash, Perseguidor Implacável e a descoberta do Flash Reverso. O roteiro é do Geoff Johns (Sociedade da Justiça, Lanterna Verde), o mesmo da mini-série principal, e a arte do Scott Kolins (DC Universe: Legacies) e do Francis Manapul (Witchblade, Adventures Comics) que, particularmente, gosto muito. O Flash tenta impedir o Perseguidor (que é uma versão de Barry num universo paralelo) a matar o Kid Flash e, ao mesmo tempo, o Flash Reverso encontra a Spivot. Ou seja, é uma bela mistura de personagens velocistas. A arte foi bastante feliz em representar toda essa velocidade, abusando do vermelho e amarelo, sendo o ponto alto da história.
Em seguida, o primeiro capítulo de Ponto de Ignição. Barry acorda na mesa de seu escritório e percebe que as coisas andam diferentes. Ele está tratando um caso que não conhece, sua mãe ainda está viva, ele não é casado com Íris e, o pior, também não possui mais seus poderes. Assim como ele nunca foi o Flash e a Liga nunca existiu, além de ouvir falar de alguns heróis e inimigos que estão com a personalidade bastante alteradas. Pelo que parece, somente ele percebe que as coisas estão diferentes e decide ir atrás do Batman.
Enquanto Barry pega um carro e enfrenta o trânsito para encontrar Bruce, temos um vislumbre de Gotham City, que se tornou uma espécie de Las Vegas. Batman está perseguindo uma capanga do Coringa e não possui medo nenhum em matar, numa das melhores cenas da edição. O Cyborg surge e convida Batman para participar de um grupo que tentará salvar a Terra das ameaças do Aquaman e da Mulher-Maravilha, que mataram milhões na Europa ao tentar levar seus territórios (Atlântida e Themyscira, respectivamente) à superfície da Terra. Entre os outros integrantes da equipe estão alguns personagens famosos, como o Capitão Marvel, Flautista, Capitão Frio e Abin Sur, além de outros mais desconhecidos, como Shade e Garota Elemental. Alguns assumiram identidades diferentes.
Não vou mentir, muitos personagens que apareceram eu não conheço, mas os fans mais antigos devem reconhecer as referências utilizadas por Johns. O ataque do Aquaman foi publicado em Universo DC #20 e espero que não seja necessário ler para entender essa mudança na cronologia, pois a revista custa R$14,90 !! Se não será um prejuízo…
A arte é do Andy Kubert (1602, Origem), muito boa por sinal, apesar deu preferir a do Manapul. Seus traços não possuem grandes características e seguem o padrão das revistas de super-heróis, porém se destacam nas páginas duplas, excelentes, e na caracterização dos personagens. A narração de Johns também ajuda muito.
Apesar de manter a qualidade das histórias da edição anterior, os leitores ainda estão esperando algo mais surpreendente, afinal de contas, teorias de realidades paralelas não são mais novidades. Felizmente, a mini-serie já iniciou e agora é aguardar pra ver se essa nova realidade vinga de vez. A Panini irá lançar um especial do Ponto de Ignição em breve, com algumas minis que explicam as novas personalidades de certos personagens.
Fil Felix é ilustrador e escritor. Criador dos conceitos e personagens do universo da Central dos Sonhos. Fã de HQs, gosta de escrever reviews desde 2011, totalizando mais de 600 delas em 2023. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a Coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou seu primeiro livro infantil em 2021: Zumi Barreshti, da editora Palco das Letras.