Nome Original: Domo: The Mangá
Editora/Ano: NewPOP, 2010 (TokyoPop, 2009)
Preço/ Páginas: R$16,00/ 98 páginas
Gênero: Mangá/ Infantil/ Comédia
Roteiro: Clint Bickham e Tsuneo Goda (Criador)
Arte: Erie, REM, Sonia Leong, Lindsay Cibos e Jared Hodges
Sinopse: Domo é uma criatura realmente diferente, nascido de um misterioso ovo, todo marrom, peludo, de formato retangular, com uma boca grande e cheia de dentes. A única palavra em seu vocabúlario é seu próprio nome, mas todos seus amigos o entendem. Sempre agitado e curioso, às vezes com um temperamento explosivo, Domo explora o mundo e suas maravilhas ! Ele tem um enorme coração e toda a disposição do mundo para ajudar. Apesar de nem sempre ser muito bem sucedido, Domo fará de tudo por aqueles que ama.
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Bem, para quem não conhece, Domo é o mascote de uma emissora japonesa chamada NHK. No início, ele aparecia em vinhetas de 30 segundos nos comerciais do canal. Com a chegada da fama, Domo começou a protagonizar episódios de 2 minutos, em média, no canal Nickelodeon, ganhou diversos jogos e um mangá no EUA (com a leitura ocidental e à cores), entre outras coisas. No Brasil, também é conhecido por Mafagafo, graças a uma piada da Desciclopédia.
Confesso que não conhecia muito bem o personagem, mas fiquei curioso e acabei comprando pra ler. Pela sinopse, pensei que se tratava de uma história com a origem ou algo do tipo, sobre Domo. Porém o que temos são 6 mini-histórias desenhadas por artistas diferentes. O que deixa até bem parecido com os episódios de 2 minutos. O livro é curto, cerca de 100 páginas, e a leitura é bem rápida.
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É difícil avaliar Domo Mangá. Pelo lado editorial, a edição é excelente, seguindo o padrão da NewPOP, com capa cartonada e papel couche. O “mangá” é todo colorido e com leitura ocidental (a comum de gibis), no início também tem uma pequena introdução mostrando os personagens principais do mundo de Domo, todos bem carismáticos e fofinhos (hehhe). Por esse lado, a NewPOP está de parabéns ! Mas vendo pelo outro lado, o do roteiro em si, deixa um pouco a desejar. As histórias são bem curtas e são poucas as que possuem um apelo grande, ou que faça você reler. No geral são até legais, e você se diverte, mas não passa disso. A arte é boa, você percebe bem as diferenças entre os desenhistas.

Todo o mangá é bem regular e para lê-lo precisar ter isso em mente, que são algumas histórias legais pra ler num dia ou outro. Quem não gosta do gênero, passe bem longe. O legal de algumas histórias são as referências à cultura pop. Em uma delas, por exemplo, há uma luta entre dois besouros, uma alusão bem clara à Pokemon. Aliás, Domo é como um pokemon, só diz seu nome (heheh). Em outras, temos um DS e um Wii (Domo é Nintendomaníaco ?). Em alguns pontos ele nos lembra Bob Esponja, pela ingenuídade e sempre acaba atrapalhando em vez de ajudar.

Resumindo, Domo Mangá é isso, 6 histórias curtas e diferentes do personagem, a maioria bem regular, com uma ou outra acima da média. Diverte enquanto dura e, para as crianças, é um prato cheio. É interessante notar, também, que Domo está virando moda e é comum vê-lo nas mais diferentes formas de mídia, graças ao seu carisma. Nem sempre é conhecido por Domo, alguns acreditam que ele realmente seja o Mafagafo heheheh. Seus episódios são bem legais e valem a pena serem vistos, pra quem curte o estilo, claro (eu !).
Apesar das histórias fracas, Domo Mangá possui um excelente acabamento gráfico e belos desenhos, além de ser carismático, o que garante a nota abaixo.
Fil Felix é autor, ilustrador e psicanalista. A Central dos Sonhos é seu universo particular, por onde aborda questões como memórias, desejos e infância. Fã de HQs, escreve seus comentários sobre quadrinhos desde 2011, totalizando mais de 600 reviews. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou os livros infantis Zumi Barreshti (2021, Palco das Letras) e Meu Avô Que Me Ensinou (Ases da Literatura), entre outras publicações.
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