[Review] Cavaleiros do Zodíaco – Saint Seiya #4 !

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Nome Original: Saint Seiya #4
Editora/Ano: JBC, 2012 (Shueisha, 1987)
Preço/ Páginas: R$10,90/ 184 páginas
Gênero: Ação/ Mangá
Roteiro/ Arte: Masami Kurumada
Sinopse: Seiya, Shiryu, Shun e Hyoga travam uma batalha sangrenta contra os Cavaleiros Negros para recuperar as peças da Armadura de Ouro de Sagitário. Depois de muitos perigos, eles conseguem cercar Ikki, que detém a máscara, a última peça que resta para completar a Armadura de Ouro.
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Cavaleiros do Zodíaco não é uma série que agrada à todos. Seu roteiro, apesar de interessante, muitas vezes soa forçado e exagerado; os desenhos de Kurumada são, não maior parte do tempo, simples e “errados”. Em contra partida, há algumas ilustrações de alto contraste e sombreadas bonitas e belas sacadas de luta. Mesmo assim, o mangá tem um grande apelo de público (não é a toa que essa é a terceira vez que é republicado por aqui), em grande parte graças ao famoso anime. Particularmente, gosto da animação e do estilo, mas certas coisas foram difíceis de ler, como na última edição.

cavaleiros-do-zodiaco-saint-seiya-234-p-C3-A1gina-2Neste quarto volume a narração ficou mais rápida e as lutas, no geral, estão interessantes. Claro que ainda há momentos absurdos, como Shiryu cair do céu num caixão (?). Recapitulando: Ikki, o Cavaleiro de Fênix, invadiu o torneio e roubou a Armadura de Sagitário, dividindo-a em várias partes. Cada um dos seus 4 Cavaleiros Negros (cópias de Seiya, Hyoga, Shun e Shiryu) ficaram com uma. Os Cavaleiros de Bronze originais vão, então, até a “Caverna Negra” para recuperarem as peças.

Cada cavaleiro luta contra sua contra-parte e temos alguns momentos interessantes. Destaque para a luta dos Dragões, com sangue sendo jorrado do corpo e belas ilustrações de uma página só; o golpe Fantasma de Ikki, que faz o oponente lembrar alguma cena marcante de seu passado, ficou muito bom. Shiryu, de fato, foi o que roubou a cena. Mas atenção para quando ele explica à Shun sobre os “pontos cósmicos” e o momento em que acerta Seiya. Tarantino se influenciou nisso para a criação de Kill Bill, só pode!

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Outro destaque fica para a participação do mestre de Ikki na Ilha da Rainha da Morte. Nesse flashback há dois fatos, no mínimo, engraçados. Um deles é Ikki comparar a meiga Esmeralda com o seu irmão (Shun), diferenciando-os apenas por ela ser mulher (?). O outro é uma frase dita pelo macabro Mestre, afirmando que a Fundação GRAAD não possui escrúpulo algum para poder criar um torneio desses. Isso porque a deusa Atena representa, principalmente, o senso de justiça.

Apesar da melhora, alguns aspectos da trama continuam pertinentes. Há muito exagero e cenas dramáticas que, numa virada de página, já se mostram desnecessárias. Quantas vezes esses cavaleiros vão ficar entre a vida e a morte para, milagrosamente, virarem o jogo? A arte de Kurumada é inconsistente, variando de péssima noção anatômica à belas composições, não surpreende que seja um dos fatores mais criticado pelos leitores.

cavaleiros-do-zodiaco-saint-seiya-234-p-C3-A1gina-3Cavaleiros do Zodíaco #4 custa R$10,90, capa cartonada e miolo em papel off-set. A JBC, apesar de não caprichar tanto quanto em Card Captor Sakura (outra série sendo lançada em versão “definitiva”), numerou as páginas, colocou índice de capítulos e vêm reproduzindo o “esquema de montagem e colocação das armaduras”. Neste volume há, também, uma pequena matéria escrita por Kozo Morishita, diretor da Toei Animation (o estúdio mais famoso de anime, detentor de séries como Dragon Ball e Sailor Moon), sobre o desafio em adaptar o mangá de CDZ e as novas técnicas de animação utilizadas na produção.

nota 6,5 6

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